Demóstenes: de cobiçado a renegado por Iris Rezende

Vassil Oliveira_Goiás 247 – As voltas que o mundo dá... Em 2004, o candidato a prefeito de Goiânia Iris Rezende comemorou o apoio, no segundo turno, do senador Demóstenes Torres à sua candidatura. Depois, foram várias as vezes em que peemedebistas sonharam acordados com a possibilidade de Demóstenes filiar-se ao partido. Na eleição passada, foi grande a torcida não pela filiação, mas pelo rompimento do senador com o governador Marconi Perillo (PSDB). Mas isso são águas passadas. Literalmente, águas de Cachoeira.

Nesta sexta, 18, o ex-prefeito Iris Rezende nadou em outra direção. Ao sair do hospital onde foi submetido a uma cirurgia de hérnia de disco, bateu duro na possibilidade, vejam só, de um combalido Demóstenes se filiar ao seu PMDB. “O PMDB não é agasalho para ninguém que abusa do povo ou que abusa do poder que lhe é dado pelo povo. O PMDB não precisa disso. O PMDB quer gente de bem, gente que lute aí, por melhores dias, e que faça com que esse possa encontrar o seu caminho”, disse.

Em 2002, Iris foi candidato a senador. Perdeu. O mais votado na época foi Demóstenes Torres, que se autodenominava Demóstenes Perillo. Em 2004, o senador rompeu com Marconi. Foi quando apoiou Iris, no segundo turno da eleição em Goiânia. Foi também quando o PMDB lhe deu bola, querendo namoro e casamento. Em 2006, Demóstenes e PMDB estiveram unidos nas críticas ao tucano, candidato ao Senado. Depois, Demóstenes e Marconi voltaram às boas. E o senador foi tão importante em 2010 no segundo turno da terceira vitória do tucano para o governo, que este quase adotou na campanha o nome de Marconi Torres.

Eis então que vem a cachoeira contraventora de Carlos Augusto Ramos, cercado na Operação Monte Carlo junto com seu maior aliado, Demóstenes. Marconi se sentiu traído na confiança. Iris renegou o antes cobiçado bom partido. O que era bom, ficou péssimo. Virou o indesejado da política.