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      “Depois de domingo, é outra história”

      A frase do prefeito do Recife, João da Costa (PT), poderia expressar como será o debate sucessório do PT após as prévias que o partido realiza para a escolha do seu candidato na sucessão da capital pernambucana. Porém, será que dará mesmo tempo para uma repactuação da legenda em prol do vencedor? Se o gestor levar a disputa, o deputado João Paulo (PT), seu maior desafeto, diz que não

      “Depois de domingo, é outra história” (Foto: Montagem PE247)
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      Gilberto Prazeres _PE247 – João não tem mesmo a chance de voltar a ser João. Pelo menos é o que parece. Dizem que em política tudo é possível, mas ,quando se trata da complicada relação entre o prefeito do Recife, João da Costa (PT), e o deputado federal João Paulo (PT), essa frase é colocada sob suspeita. A possibilidade de uma repactuação no PT capaz de unir os dois, no pós-prévias, é algo tão improvável quanto o reconhecimento (de ambas as partes) de seus erros em relação ao hoje desafeto. João Paulo deixou claro para os jornais, blogs, rádios e para quem mais quisesse ouvir que não sobe no palanque de Costa de forma alguma, caso o gestor vença a disputa com o secretário estadual de Governo, Maurício Rands, pela indicação na corrida sucessória recifense.

      Ao ser informado da fala do ex-padrinho político, o prefeito João da Costa tergiversou. Disse que esse não é o debate de momento, que é preciso discutir compromissos para vencer as prévias e soltou a frase: “Depois de domingo (data das prévias), é outra história”. Contudo, quem conhece o gestor sabe muito bem que ele trava esse debate internamente há quase quatro anos. O petista lida diariamente com os problemas ocasionados pelo seu rompimento com João Paulo. Há quem diga, nos corredores do Palácio Antônio Farias – sede da Prefeitura do Recife -, que o gestor chegou a se preparar psicologicamente para enfrentar o próprio João Paulo ao invés de Maurício Rands. E essa preparação passava por construir um discurso duro. Duro o suficiente para aumentar ainda o abismo entre eles.

      Os mais próximos ao deputado João Paulo e também ao prefeito João da Costa deixam claro que eles conhecem muito bem um ao outro e que sabem ainda melhor o que mais irrita e fortalece o desafeto. A posição de João Paulo de declarar apoio à pré-candidatura de Maurício Rands não surpreendeu a ninguém no flanco adversário, mas a postura incisiva do parlamentar aumentou ainda mais o anseio por derrotar o ex-companheiro.

      João da Costa e João Paulo encaram as prévias como uma possibilidade de vingança pessoal e política. O deputado diz em alto e bom som que foi traído pelo ex-apadrinhado e o gestor atribui as declarações do antigo aliado ao seu suposto desejo de permanecer no comando da Prefeitura. Como um dos dois sairá derrotado da disputa por prévias e o outro adorará ver a situação do adversário, essa repactuação provavelmente ficará restrita aos seus campos, sem os personagens principais.

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