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Deputado cobra afastamento da Mesa da ALE

Mesmo sem haver a sessão que marcaria o retorno a atividade parlamentar por falta de quórum, o deputado petista, Judson Cabral, declarou que os indícios de desvio de recursos encontrados pelo Ministério Público na Assembleia Legislativa de Alagoas são suficientes para o afastamento da Mesa Diretora. Para Judson, as informações divulgadas à imprensa e encaminhadas à Polícia Federal e à Receita Federal apontam 'apenas o olho do furação, diante de tudo que se apresenta como suspeito nas movimentações financeiras da Casa de Tavares Bastos'.

Deputado cobra afastamento da Mesa da ALE

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Alagoas247 - Os indícios de desvio de recursos encontrados pelo Ministério Público Alagoas (MP/AL) nos extratos de pagamento da folha da Assembleia Legislativa de Alagoas são suficientes para o afastamento da Mesa Diretora, bem como para a adoção das medidas legais que se fazem necessárias. É o que garante o deputado Judson Cabral (PT), reportando-se às denúncias apresentadas pelo deputado João Henrique Caldas (PTN) e que, segundo o petista, podem ser comparadas ao esquema por meio do qual, segundo investigação da Polícia Federal - por meio da Operação Taturana -, os deputados estaduais desviaram mais de R$ 300 milhões.

O detalhe é que, na tarde desta quinta-feira (01), a sessão ordinária que marcaria o retorno das atividades após o recesso parlamentar não aconteceu por falta de quórum, pois, apenas Judson Cabral, Ronaldo Medeiros (PT) e Fernando Toledo (PSDB) compareceram.

Para Judson, as informações divulgadas à imprensa e encaminhadas à Polícia Federal e à Receita Federal apontam 'apenas o olho do furação, diante de tudo que se apresenta como suspeito nas movimentações financeiras da Casa de Tavares Bastos'. “Essa situação lembra muito a Taturana, só que de um ângulo mais sofisticado. O parlamento não pode virar as costas para a sociedade. Uma resposta clara e objetiva precisa ser dada urgentemente", comparou petista.

O deputado estadual afirmou ainda que este seria o sentimento, mesmo que velado, de alguns outros parlamentares, insatisfeitos com a postura da atual Mesa Diretora, presidida pelo deputado Fernando Toledo. “Neste cenário, o melhor caminho é o afastamento de todos os membros. Somente desta forma é que as respostas concretas poderão ser dadas. É imperativo que haja uma solução para mais uma crise que, infelizmente, mancha a imagem do parlamento alagoano”, reforçou Judson, cujo discurso foi engrossado pelo deputado petista Ronaldo Medeiros, que também cobra o afastamento da Mesa.

Fernando Toledo

E logo após encerrar a sessão desta quinta, convocando outra para a próxima terça-feira (06), Fernando Toledo garantiu à imprensa que as informações solicitadas pelo Ministério Público serão encaminhadas ao órgão fiscalizador na segunda-feira (5). O tucano afirmou que não há nenhuma ilegalidade nas denúncias apresentadas por JHC. 

“As portas da presidência sempre estiveram abertas para qualquer parlamentar. Ele (JHC) nunca foi pedir qualquer informação. Tudo não passa de um grande equívoco e a participação da polícia e da Receita Federal no caso comprovará qualquer tipo de conduta equivocada”, expôs o parlamentar.

Sobre o pedido de afastamento defendido pelos colegas, Fernando Toledo disse encará-lo com naturalidade, afirmando que, durante toda a sua vida pública, nunca se apegou a cargos. “Estamos em um parlamento. Se eles acharem que este é o melhor caminho, que assim seja. Independentemente disso, as explicações serão fornecidas”, concluiu Toledo.

Operação

A Operação Taturana, à qual se referiu o deputado Judson Cabral, foi desencadeada, em dezembro de 2008, com o objetivo de investigar esquema de desvio de recursos dos cofres da Assembleia.

À época, chegaram a ser afastados dos cargos, por força de decisão judicial, os deputados Antônio Albuquerque (PTdoB), Edval Gaia Filho (PSDB), Nelito Gomes de Barros (PSDB), Maurício Tavares (PTB), João Beltrão (PSDC) e Isnaldo Bulhões (PDT), os ex-deputados Cícero Ferro (PMN), Marcos Ferreira (PSDB) e Dudu Albuquerque (PDT), além do hoje deputado federal Arthur Lira (PP) e do atual conselheiro e presidente do Tribunal de Contas de Alagoas (TCE/AL), o ex-deputado Cícero Amélio (PMN). 

Segundo o delegado da Polícia Federal que esteve à frente do caso, Janderlyer Gomes, os parlamentares foram indiciados pelos crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, peculato e crime contra o sistema financeiro nacional.

Com gazetaweb.com

 

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