Deputado ganha direito de resposta no jornal Estado de Minas
Tribunal de Justia manda jornal publicar texto de Rogrio Correia, lder da bancada do PT na Assembleia Legislativa. Dirio mineiro deu a entender que o deputado falsificou a polmica Lista de Furnas, que acusa polticos sobretudo do PSDB de fazerem caixa 2 em campanhas eleitorais
Minas 247 - O Estado de Minas, principal e mais tradicional jornal de Minas Gerais, terá que publicar um direito de resposta do deputado estadual Rogério Correia, líder da bancada do PT na Assembleia Legislativa. Essa é a decisão do Tribunal de Justiça do estado, publicada na segunda-feira. O acórdão determina que a reposta deverá ser publicada nos mesmos dias da semana em que o deputado teria sofrido “matérias ofensivas à sua honra”, e nas mesmas páginas. Se não o fizer, o jornal será multado: R$ 200 por dia, com o limite de R$ 10 mil.
O Estado de Minas, no entender do TJMG, ofendeu o deputado petista ao classifica-lo como autor de fraude na chamada Lista de Furnas. Motivo de muita controvérsia até hoje, a tal lista mostraria políticos, sobretudo do PSDB, de terem sido beneficiários de caixa 2 em campanhas eleitorais. Entre os supostos beneficiários, estão até o senador e ex-governador mineiro Aécio Neves e o ex-governador e presidenciável José Serra, ambos tucanos. A lista fala em R$ 39,9 milhões distruídos a 156 políticos por empresas fornecedoras da estatal do ramo elétrico: 68,3% deles são do PSDB, 9,3% do ex-PFL, 6,1% do PP e 6,9% do PMDB. Os demais se distribuem por outros partidos.
Não se sabe até hoje se a exata veracidade da lista. Os originais estão com a Polícia Federal, que investiga o caso em segredo de Justiça. O documento foi trazido a público em 2006 pelo lobista Nilton Monteiro. Um laudo feito pelo perito americano Larry F. Stewart, ex-integrante do serviço secreto dos Estados Unidos e especialista em fraude de documentos, revelou que a lista de Furnas é falsificada. Essa tese, porém, é criticada pelos advogados de Monteiro e por alguns petistas, que lembram que o laudo foi contratado pelo PSDB e, por isso, não tem valor jurídico.
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