Desemprego cai e é o menor da história em BH
Percentual de pessoas sem trabalho na região metropolitana cai para apenas 5%. Coordenador da pesquisa diz situação nunca esteve tão favorável quanto agora e que a tendência é melhorar este ano. BH vive o pleno emprego?
Minas 247 - A economia parece dar sinais de recuperação depois da desaceleração dos últimos meses. Um dos reflexos positivos está no mercado de trabalho, que apresenta números ineditamente favoráveis na Grande Belo Horizonte. O número de desempregados na região metropolitana caiu de 5,4% para 5% em abril, segundo pesquisa da Fundação João Pinheiro, Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego (Sete), Dieese e Fundação Seade. É o menor índice desde que a série histórica foi iniciada, em 1996.
BH está no pleno emprego? Não se sabe com certeza, mas os números na área são bons. Tão positivos que o coordenador da pesquisa mensal, Plínio Campos, prevê novas quedas no desemprego até o fim deste ano. “Estamos em uma situação favorável como nunca estivemos”, afirmou ele à jornalista Marina Riguera, do jornal Estado de Minas.
Leia o texto abaixo no site do jornal:
A taxa de desemprego na Região Metropolitana de Belo Horizonte voltou a cair no mês de abril, passando dos 5,4% registrados em março para 5% da população economicamente ativa. O número é o menor da série histórica da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-RMBH), iniciada em 1996, que foi divulgada nesta quarta-feira, pela Fundação João Pinheiro, Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego (Sete), Dieese e Fundação Seade.
No período avaliado, a redução de 10 mil pessoas (7,6%) no número de desempregados em relação ao mês anterior resultou do aumento de 8 mil ocupações (0,3%), somado à retirada de 2 mil pessoas do mercado de trabalho (0,1%). O mês de abril também apresentou o menor tempo médio de procura por trabalho já registrado pela pesquisa: 24 semanas.
Na comparação com o mês de março, o agregado “outros setores” registrou aumento de 5 mil empregos e o setor de serviços, de 14 mil. Em movimento contrário, construção civil, comércio e indústria sofreram reduções de 4 mil, 6 mil e 1 mil ocupações, respectivamente.
“A redução na construção civil é o reflexo observado na fatia da construção pesada para consumo durante o primeiro trimestre. Neste período as famílias têm mais obrigações a serem quitadas e, consequentemente, dão uma pausa nas reformas ou construções de suas casas”, explica o coordenador da PED pela Fundação João Pinheiro, Plínio Campos.
Entre abril de 2011 e abril de 2012, houve acréscimo de 79 mil postos de trabalho no setor privado (6,3%) e redução de 6 mil ocupações no emprego público (1,9%). Foram registrados aumentos de 97 mil (8,8%) trabalhadores assalariados com carteira assinada e de 3 mil (2,0%) ocupados no setor de empregados domésticos.
“Hoje os empregados domésticos representam 6% dos ocupados no mercado e esta taxa vem apresentando redução significativa nos últimos 10 anos. O envelhecimento das pessoas que estão no setor, aliado ao aumento do nível de escolaridade são alguns dos fatores que cooperam para que as pessoas deixem este tipo de ocupação”, aponta o coordenador.
Em março o rendimento real médio dos ocupados foi estimado em RS 1.410, sendo registrada redução de 2,4%, se comparado a fevereiro. No setor privado foi observado aumento no salário médio do setor de serviços (5,7%). Em contrapartida, houve redução de 1,3% no salário médio do comércio e de 6,9% no da indústria.
“É normal que a taxa de desemprego diminua após o primeiro trimestre. A expectativa é mantê-la estável ou reduzi-la nos próximos meses. Estamos em uma situação favorável como nunca estivemos”, conclui Plínio Campos.
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: