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Desgaste e economia explicam humor do eleitor

A pesquisa eleitoral feita pela CNT/MDA  aponta para uma possível mudança de tendência do eleitorado; em meio a um cenário no qual dois pré-candidatos subiram nas estatísticas, enquanto outros dois caíram, cientistas políticos avaliam que o desgaste do PT, a continuidade da divisão no PSDB, o desempenho da economia e a semelhança da trajetória política entre pessoas e partidos explicam a oscilação nos números, embora as posições não tenham sofrido alterações na comparação com o levantamento feito em junho

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Leonardo Lucena_PE247 – A pesquisa eleitoral feita pelo Instituto MD, sob encomenda da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), indicou uma pequena ascensão do governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, que, embora seja aliado oficial da presidente Dilma Rousseff (PT), tem adotado uma postura de presidenciável. Em meio a um cenário no qual dois pré-candidatos subiram nas estatísticas, enquanto outros dois caíram, cientistas políticos avaliam que o desgaste do PT, a continuidade da divisão no PSDB e a semelhança entre as trajetórias políticas da ex-ministra de Meio Ambiente Marina Silva e do ex-presidente Lula (PT) explicam a oscilação nos números, embora as posições não tenham sofrido alterações na comparação com o levantamento feito em junho.

De acordo com pesquisa, realizada entre os dias 7 e 10 deste mês, a presidente Dilma Rousseff (PT) aparece em primeiro lugar com 33,4% dos votos, enquanto que, em junho, tinha 52,8%. Em segundo lugar vem Marina Silva, da Rede Sustentabilidade, com 20,7%. Já no mês passada, a ex-verde assegura a terceira posição (12,5%), atrás do pré-candidato pelo PSDB, senador Aécio Neves (MG), com 17%. Agora, o tucano é quem  figura em terceiro lugar, com 15,2% das intenções de votos. Por sua vez, o governador Eduardo Campos, que também é presidente nacional do PSB, continua na quarta colocação, porém subiu de 3,7% para 7,4%.

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Diante da pequena ascensão do governador pernambucano nas pesquisas, o cientista político da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Helly Ferreira, afirma que o desgaste do governo do PT é o motivo que explica a subida de Campos na pesquisa. “O crescimento de Eduardo, especificamente está ligado às pessoas insatisfeitas com o governo do PT, mas que, em tese, não migram para os partidos de centro direita. Eles (os eleitores) veem o PSB como o partido mais próximo do PT”, diz.

O que chama a atenção na pesquisa é a diminuição entre os percentuais de votos de Campos e de Aécio Neves. Para o cientista político da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), José Luiz da Silva, os problemas de articulação política e o modesto desempenho da economia no atual governo não são os únicos fatores que explicam a aproximação entre o pessebista e o tucano. “Com a ausência de proposta de Aécio, Campos pode ‘galvanizar’ mais eleitores”, declara. “Mas ainda não dá para concluir se há uma tendência de crescimento”, complementa.

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O governador vem criticando o Governo Federal desde o ano passado, quando os municípios entraram em crise financeira em decorrência da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Isso porque a arrecadação de verba através deste tributo é o principal de repasse via Fundo de Participação dos Municípios (FPM), junto a do Imposto de Renda (IR). No entanto, segundo Luiz da Silva, mesmo com uma popularidade que chega a 90% e governando um estado que cresce acima da média nacional, Campos ainda se encontra em uma situação complicada na medida em que sente dificuldades de expor um projeto alternativo por estar, oficialmente, na base governista do Executivo federal.

A posição de Marina na pesquisa também é outro fator a ser levado em consideração. Tida como a principal liderança política dos ambientalistas em nível nacional, a ex-senadora obteve quase 20 milhões de votos na eleição presidencial 2010, quando ainda integrava os quadros do PV. Após assegurar a terceira colocação na pesquisa eleitoral, em junho, a ex-verde, agora, está em segundo lugar, à frente do senador Aécio Neves, que integra uma legenda tida como a principal rival do PT e que disputou com os petistas as três últimas eleições presidenciais no segundo turno.

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De acordo com Helly Ferreira, a ascendência de Marina na pesquisa não está atrelada apenas à conquista dos 19,6 milhões de votos (19,3% do eleitorado) em 2010. “Guardada as devidas proporções, eu costumo chamá-la de “Lula de saia” porque, historicamente, eles têm uma trajetória política muito próxima, muito mais de que Dilma (com Lula). Naturalmente, ela é facilmente lembrada pelos eleitores”, avalia.

 

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