Diagnóstico precoce ajuda na cura do câncer de mama
“Existem diversos fatores de risco que podem ajudar a diagnosticar a doença: histórico familiar, idade, menstruação precoce, obesidade; colesterol alto, ausência de gravidez e reposição hormonal; entre outros”, explica a Ginecologista e Obstetra Dra. Erica Mantelli; só no Brasil, o Ministério da Saúde estima 52.680 casos novos em um ano, com um risco estimado de 52 casos a cada 100 mil mulheres
Saúde 247 – A maioria dos tumores da mama, quando estão no início, não apresenta sintomas, o que pode passar como despercebido. Mas ao fazer o autoexame de mama, se a mulher sentir o nódulo ao toque é sinal de que ele tem cerca de 1 cm. Por isso é importante fazer os exames preventivos na idade adequada, com a finalidade de evitar o aparecimento de qualquer sintoma da doença.
O nódulo, no entanto, não é o único sintoma do câncer de mama. Vermelhidão na pele, alterações no formato dos mamilos e das mamas, secreção escura saindo pelo mamilo e pele enrugada, como uma casca de laranja, soam como um sinal de alerta para a doença que acomete as mulheres de diferentes faixas etárias no mundo todo.
Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), são registrados 1,38 milhões de novos casos de câncer de mama e 458 mil mortes pela doença por ano. Só no Brasil, o Ministério da Saúde estima 52.680 casos novos em um ano, com um risco estimado de 52 casos a cada 100 mil mulheres.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, cerca de uma a cada 12 mulheres terá um tumor nas mamas até os 90 anos de idade. A doença é tão séria que o mês de outubro é todo voltado para a conscientização sobre a doença.
Embora os homens também possam ser acometidos, as mulheres são as principais vítimas do câncer de mama. “Existem diversos fatores de risco que podem ajudar a diagnosticar a doença: o histórico familiar, quando a mulher corre um sério risco em desenvolver a doença se dois ou mais parentes de primeiro grau teve ou tem câncer de mama; idade, já que mulheres entre 40 e 69 anos são mais propensas; menstruação precoce; obesidade; colesterol alto; ausência de gravidez; reposição hormonal; entre outros”, explica a Ginecologista e Obstetra Dra. Erica Mantelli (CRM 124.315).
Diagnóstico
O exame clínico da mama é indicado para mulheres com menos de 49 anos. Ele é realizado por um médico e pode detectar caroços de até 1 cm. Já a mamografia é uma radiografia da mama que detecta lesões em fase inicial. Ela é realizada em um aparelho de raio X apropriado, que comprime a mama de modo a fornecer melhores imagens. “Apesar do desconforto provocado, esse exame causa uma redução de até 30% na mortalidade de mulheres acima de 50 anos. Ele deve ser feito por mulheres a partir dos 40 anos a cada ano ou de acordo com as prescrições do médico”, afirma a ginecologista.
O exame de Ressonância Magnética das Mamas pode ser feito como complemento à mamografia para saber se existem outros focos suspeitos nas mamas, que não tenham sido vistos na mamografia. E, ainda, o ultrassom das mamas que ajuda a identificar as lesões palpáveis entre sólidas (mais possivelmente malignas) e císticas (preenchidas com líquido, menos provável que se trate de lesões malignas).
Tratamento
Geralmente o tratamento é multidisciplinar e deve incluir a opinião de vários especialistas médicos, como o mastologista, radiologista, oncologista clínico e radioterapeuta, assim como enfermeira especializada, psicóloga, fisioterapeuta e assistente social. Todo o tumor na mama deverá ser retirado por cirurgia, que pode ser parcial ou total, seguida de radioterapia.
Prevenção
Se o câncer de mama for diagnosticado precocemente, as chances de cura chegam até 95%. É importante que toda mulher entre 50 a 69 anos faça mamografia a cada dois anos. Além disso, adotar um estilo de vida saudável, cuidar da alimentação e fazer atividade física também é uma medida de prevenção à doença.
Portanto, comece a se preparar para uma vida saudável seguindo esses hábitos:
-Evite a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas
-Controle o seu peso;
-Fique atenta ao nível de colesterol;
-Relaxe! Mulheres que vivem uma rotina muito agitada e estressante têm quase o dobro de chances de desenvolver câncer de mama;
-Pratique atividade física;
-Faça da amamentação uma aliada da sua saúde. Mulheres que amamentam os seus filhos por, pelo menos, seis meses, têm 5% menos chances de desenvolver câncer de mama;
-Cuide da sua alimentação: consuma frutas, legumes, verduras e leguminosas (como feijão, lentilha e grão-de-bico), o que pode inibir a chegada de compostos cancerígenos às células e, ainda, modificar o DNA danificado. A recomendação é consumir, no mínimo, 400g por dia de vegetais, sendo 2/5 de frutas e 3/5 de legumes e verduras.
- Fuja dos enlatados: alimentos ricos em sal, nitritos e nitratos devem ser evitados.
Sobre a especialista
Ginecologista e Obstetra Dra. Erica Mantelli (CRM 124.315)
Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro. Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro. Pós-graduada em Medicina Legal e Perícias Médicas pela Universidade de São Paulo (USP). Pós Graduada em Sexologia / Sexualidade Humana pela Universidade de São Paulo (USP). Formação em Programação Neurolinguística, ministrada por Mateusz Grzesiak ( Elsever Institute). Membro da equipe ARITA Leader Training, empresa de treinamento em liderança pessoal.
Site – www.ericamantelli.com.br
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