Dilma e Wagner têm "obrigação" com Salvador

Bahia 247

A tese petista de que para ter êxito o prefeito de uma cidade deve ser aliado político do governador do estado e da presidente da República continua a ser um dos principais ganchos entre os candidatos à Prefeitura do Salvador ACM Neto (DEM) e Nelson Pelegrino (PT).

A máxima foi intensificada com o comício do ex-presidente Lula no último dia 14 e com as aparições da presidente Dilma Rousseff desde a última segunda-feira (17), ambos com discurso neste sentido para fazer o eleitor soteropolitano acreditar que Pelegrino é mesmo o melhor para a cidade.

Mas o democrata ACM Neto não se cansa de tentar mostrar o que assegura a Constituição Federal, que o repasse da União e das unidades federativas são apartidários. Em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia, publicada na edição desta segunda (24), Neto afirmou que "Salvador pode andar com as próprias pernas".

"Vou mostrar que essa tática do medo e da chantagem não cola em Salvador, que esse discurso que tentam impor de que o prefeito tem que ser do mesmo partido do governador e da presidente não é o mais importante para a cidade".

ACM Neto disse ainda que nunca ouviu da presidente Dilma nem do governador Jaques, ambos petistas como Pelegrino, qualquer palavra que indique que haverá perseguição ao prefeito que não for do mesmo partido.

"Eu não vou ficar com essa coisa de ficar chorando no ombro de ninguém. Eu quero ser parceiro, vou buscar o apoio, quero que eles ajudem, quero que eles invistam, e vão investir. Salvador vai ser sede da Copa do Mundo, é a terceira maior cidade do Brasil, é uma cidade superimportante, deu uma expressiva votação a Wagner, deu uma grande votação a Dilma. Eles têm obrigação com a nossa cidade e vão investir na nossa cidade", disparou o democrata.