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Dilma vai aos EUA com plano de cotas raciais

Oficialmente, a agenda do encontro entre os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos, nesta segunda-feira, gira em torno do comrcio; Dilma, no entanto, tem interesse em polticas de ao afirmativa, sem as quais Obama no teria sido eleito presidente da nao mais rica do mundo

Dilma vai aos EUA com plano de cotas raciais (Foto: Roberto Stuckert Filho/PRESIDÊNCIA)

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247 – No seu primeiro ano de gestão, a presidente Dilma Rousseff já deixou claro que há um corte de gênero em seu governo. Além de ser ela a primeira mulher a comandar o País, Brasília nunca teve tantas ministras e até mesmo a maior empresa nacional, a Petrobras, ganhou um comando feminino, com Graça Foster. No campo dos direitos civis, no entanto, Dilma não avançou praticamente nada na questão da igualdade racial. Mas isso pode começar a mudar e talvez seja até uma pauta não oficial para o encontro com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, nesta segunda-feira – nos EUA, cotas vêm sendo implantadas desde a década de 60 e sem a promoção efetiva da igualdade racial um negro não teria chegado à Casa Branca.

Na verdade, este tema já vem sendo tratado de forma reservada no governo brasileiro pelo economista Ricardo Paes de Barros, um dos gurus da presidente Dilma. Contratado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, ele prepara um plano que irá propor cotas no serviço público, para que negros tenham maior acesso a cargos de comando nos ministérios, nas autarquias e nas estatais. “É responsabilidade do Estado. Uma preocupação assim levaria à formação de uma elite negra de forma mais acelerada, porque estamos vendo que o acesso da população negra ao topo da sociedade brasileira ainda é limitado. Isso quer dizer que muitos talentos e valores negros não estão sendo aproveitados”, disse Paes de Barros ao jornal Valor Econômico, dias atrás.

Leia, abaixo, a nota oficial do Ministério das Relações Exteriores sobre a viagem de Dilma a Washington:

A visita da Presidenta Dilma Rousseff aos Estados Unidos, dias 9 e 10 de abril, permitirá aprofundar a parceria Brasil-EUA, além de avançar o diálogo bilateral mantido desde a visita do Presidente Barack Obama ao Brasil, em março de 2011.

Figuram com proeminência na agenda do encontro temas relacionados a comércio, investimentos, ciência e tecnologia, inovação, cooperação educacional e energia, além de assuntos da agenda regional e global.

Em Washington, dia 9, a Presidenta Dilma Rousseff se reunirá com o Presidente Barack Obama, participará do Fórum Brasil-EUA de Altos Empresários (“CEO Forum”) e fará o encerramento do Seminário “Brasil-EUA: Parceria para o Século XXI”. O Seminário reunirá representação expressiva das comunidades empresarial, acadêmica e governamental dos dois países.

Dia 10 de abril, em Cambridge (Massachusetts), a Presidenta visitará o Massachusetts Institute of Technology (MIT), ocasião em que manterá encontros com a comunidade acadêmica e científica, e a Universidade de Harvard, onde terá encontro com bolsistas brasileiros selecionados pelo programa “Ciência sem Fronteiras”. Em Boston, a Presidenta se encontrará com Governador de Massachusetts, Deval Patrick.

Brasil e EUA possuem vinte e quatro mecanismos bilaterais de diálogo, coordenação e consulta em nível ministerial, três dos quais considerados prioritários: o Diálogo de Parceria Global (MRE/Departamento de Estado); o Diálogo Econômico e Financeiro (Fazenda/Tesouro) e o Diálogo Estratégico sobre Energia (MME/Departamento de Energia).

Os Estados Unidos foram o 2º principal parceiro comercial brasileiro em 2011, após a China. Entre 2007 e 2011, o intercâmbio comercial brasileiro com o país cresceu 37%, passando de US$ 44 bilhões para US$ 60 bilhões. A participação dos Estados Unidos no comércio exterior brasileiro foi de 12,4%, em 2011. Em janeiro e fevereiro de 2012, o intercâmbio comercial com o Brasil aumentou em 20% em relação ao mesmo período de 2011, evoluindo de US$ 7,9 bilhões para US$ 9,5 bilhões. As exportações brasileiras cresceram em 38% e as importações, em 6%, no mesmo período.

Em 2011, o Brasil foi a 6ª maior fonte de visitantes para os EUA (após Canadá, México, Japão, Reino Unido e Alemanha) e os EUA a segunda maior fonte de visitantes para Brasil (atrás apenas da Argentina).

 

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