Dirceu defende candidato do PT para Pernambuco
“Vamos ter candidato ao governo de Pernambuco”. A afirmação foi feita pelo ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, no Recife (PE), durante o evento “O Decênio que mudou o Brasil”, em comemoração aos dez anos do PT à frente da Presidência da República; apesar da defesa feita pelo ex-ministro em torno de uma candidatura própria, o PT pernambucano precisrá superar as brigas internas para enfrentar o PSB do governador Eduardo Campos
Leonardo Lucena _PE247 – “Vamos ter candidato ao governo de Pernambuco”. A afirmação foi feita pelo ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, no Recife (PE), durante o evento “O Decênio que mudou o Brasil”, em comemoração aos dez anos do PT à frente da Presidência da República. Apesar de perder espaço para o PSB na principal cidade do Estado (Recife), depois de passar pela maior crise política da história do PT recifense, no ano passado, e mesmo com a alta popularidade de Campos, o Partido dos Trabalhadores não cederá aos socialistas na disputa pelo comando do Palácio do Campo das Princesas.
De fato, a indicação do PT para disputar a sucessão de Campos, em tese, causará surpresa. Isso porque alguns nomes, como o do ex-prefeito do Recife, deputado federal João Paulo e do senador Humberto Costa, não devem entrar na lista. Ambos foram “personagens” da maior crise política do PT recifense em 2012 provocada por um processo de prévias marcado por intensas trocas de farpas, que resultou no cancelamento da disputa no ano passado, entre João da Costa (principal desafeto de João Paulo) e Maurício Rands, deputado federal na época.
Como ficou impedido de disputar a reeleição, João da Costa não apoiou Humberto Costa, que foi apresentado como candidato, o que deixou a relação estremecida entre o ex-prefeito e o senador estremecida. Enquanto João Paulo é cotado para disputar o Senado em 2014, as informações dão conta de que João da Costa tentará uma vaga na Câmara Federal.
De todo modo, visando às próximas eleições para governador de Pernambuco, o PT terá de enfrentar as articulações de Eduardo Campos, até porque o PSB o saiu do pleito municipal com 58 prefeituras, assegurando a liderança no ranking entre as legendas com maior número de prefeituras. Neste quesito, o PT obtém a sexta posição (13), atrás de partidos como o PTB, em segundo (25), o PSD, e terceiro (21), seguido do PSDB (20) e do PR (17).
O fato é que para ganhar apoio político o PT tem de buscar a união interna. E um reflexo do quanto o partido segue desunido é que, no começo de março, por exemplo, durante a festa de comemoração dos 33 anos do PT, os petistas ligados a João da Costa não tiveram seus nomes citados no cerimonial, o que levou integrantes da legenda a proferir “Hipocrisia! Cadê a democracia”, além de ter levado o secretário da Habitação do Recife, Eduardo Granja, chamar de “frouxo” o presidente estadual da sigla, deputado federal Pedro Eugênio.
Após o desfecho das eleições municipais de 2012, tanto analistas políticos como integrantes do próprio PT adotaram o discurso de que o partido precisaria se renovar para não perder espaços para outros partidos em Pernambuco, como perdeu para o PSB no Recife depois de 12 anos comandando a prefeitura da capital pernambucana. Agora, resta saber como o Partido dos Trabalhadores vai trabalhar esta renovação. Mas, para tanto, as alas que apoiam João Paulo e João da Costa terão de aparar suas arestas.
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