Dívida mineira: mudança alivia pouco
Proposta federal de trocar o ndice de correo elogiada pelo secretrio Pedro Meneguetti e pelo governador Anastasia. Mas ainda insuficiente para conter a sangria no caixa
Minas 247 - A dívida de Minas com a União cresceu e se tornou o maior problema da gestão de Antonio Anastasia (PSDB) no governo do estado. Hoje, deputados de praticamente todos os partidos pedem uma renegociação com o governo federal. A proposta, já apresentada, de substituir o IGP-DI pela taxa Selic como índice de correção da dívida, porém, não vai resolver o problema.
É o que diz o secretário adjunto da Fazenda mineira, Pedro Meneguetti. Para ele, melhor seria mudar o indexador para o IPCA acrescido de um juro de 2%. Hoje, além do IGP-DI, o governo mineiro paga taxa de 7,5% ao ano. Graças a isso, a dívida do estado com a União é a que mais cresce no país: passou de R$ 13,6 bilhões para R$ 62,1 bi (alta de 356,3%) entre 2000 e 2011.
O governador Antonio Anastasia também acha pouco a mudança do índice, mas elogiou, nesta terça-feira, a proposta federal. “É parte de uma solução”, disse Anastasia, depois de participar de um seminário em São Paulo.
A proposta federal faz parte das negociações para o governo Dilma aprovar medidas econômicas no Congresso. Resta saber se a mudança do indexador será suficiente para isso. Um exemplo: o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), que acompanhava Anastasia na capital paulista, adiantou que optou por um empréstimo de US$ 200 milhões com o Banco Mundial para liquidar sua dívida com a União. “Vamos substituir uma dívida de curto prazo com uma taxa elevada por uma dívida de longo prazo com uma taxa bem mais suportável”, disse Lacerda à Agência Estado. A economia com juros chegaria a R$ 30 milhões por ano.
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