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Djalma denuncia situação precária do Wassily Chuc

Partes do teto e das paredes da unidade estão prestes a desabar, pacientes tem de permanecer amarrados aos leitos por falta de medicamentos para conter os surtos e mais de 170 mil prontuários estão jogados no chão; más condições de trabalho do pronto-socorro fazem dez funcionários pedirem à Prefeitura de Goiânia para saírem da unidade; vereador solicitará ao Ministério Público de Goiás uma solução imediata para garantir situação digna aos pacientes e servidores

djalma araujo (Foto: José Barbacena)
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Goiás 247 - Três meses após ter feito uma série de denúncias sobre a precariedade do Pronto-socorro Psiquiátrico de Goiânia Wassily Chuc, o vereador Djalma Araújo (SD) retornou ao local na última quarta-feira (12) e constatou uma situação ainda mais grave: os problemas não apenas continuam sem solução, como se agravaram nos últimos tempos. Além de apresentar partes do teto e das paredes prestes a desabar, dos pacientes terem de permanecer amarrados aos leitos por falta de medicamentos para conter os surtos e dos mais de 170 mil prontuários ficarem jogados no chão, o vereador constatou que o número de funcionários na unidade que já era reduzido (130 em todos os turnos, quando, na verdade, seriam necessários 160 servidores para dar conta de toda a demanda), ficou ainda menor.

Djalma foi informado pelo neuropsicólogo e diretor do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde), Astrogildo Naves, que em decorrência das más condições de trabalho do pronto-socorro, dez funcionários já pediram à Prefeitura de Goiânia para saírem da unidade, nas últimas semanas. “Isso significa que o que estava longe do ideal agora está ainda pior”, sentencia o vereador. Tanto a transferência da unidade para um local apropriado, prometida há três meses pela Secretaria Estadual de Saúde, quanto a reposição de medicamentos para conter os surtos dos pacientes e a melhora de questões emergenciais da estrutura do prédio, prometidos pela Prefeitura, não ocorreram.

“Fomos informados que faltam 23 medicamentos no pronto-socorro. Quando os pacientes entram em surto, sofrem e fazem sofrer também os funcionários, que por não terem os remédios para ministrar e para não correrem o risco de serem agredidos precisam amarrá-los aos leitos. Quando saem de seus quartos, os pacientes ficam no chão, na área externa, por falta de um pátio com mesas e cadeiras, para que eles possam fazer terapia ocupacional. É uma situação degradante, que desrespeita os direitos humanos em todos os sentidos”, indigna-se o vereador. Além disso, os internos dormem em ambientes marcados pelo forte odor de urina e fezes, deitados em colchões velhos e desgastados.

Problemas como instalações elétricas expostas, falta de mesas para o refeitório, paredes e teto quebrados, quartos alagados, equipamentos quebrados e falta de enxoval para os internos, constatados numa diligência feita pelo vereador em maio, também permanecem sem solução. Diante desse quadro, Djalma Araújo solicitará ao Ministério Público de Goiás, em reunião amanhã (13/08), às 15 horas, que exija uma solução imediata, tanto por parte do governo do Estado quanto por parte da Prefeitura de Goiânia, para a questão, de forma que pacientes e servidores permaneçam num pronto-socorro digno e equipado com toda a estrutura material e humana necessárias para a garantia da saúde mental na capital.

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