Djalma vai ao MP e Clécio cancela compra de tablets
Vereador petista e o presidente da Câmara voltaram a bater boca em plenário; Djalma comparou Clécio a Macunaíma, o herói sem caráter de Mário de Andrade, e teve a palavra cassada pelo peemedebista; tudo começou quando o petista pediu a palavra e começou a questionar Clécio sobre licitação para dedetização na Câmara no valor de cerca de R$ 140 mil: "Seja humilde e explique os gastos, vossa excelência"; Clécio perdeu a paciência: "Não estou aqui para debater com vossa excelência", disparou, cortando o microfone do colega
Goiás 247_ O presidente da Câmara Municipal, Clécio Alves (PMDB), anunciou na sessão desta quinta-feira (19) que desistiu da licitação de R$ 140 mil para comprar 45 tablets. O projeto foi motivo de polêmica, ganhou as manchetes da imprensa e também a antipatia de alguns vereadores. Djalma Araújo (PT) esteve no Ministério Público na quarta-feira para denunciar a comprar dos aparelhos eletrônicos.
"Dinheiro público não pode ser gasto para dar luxo a vereadores”, justificou o petista. Elias Vaz (sem partido) foi outro que se posicionou contra os tablets. Afirmou que há outras necessidades na Câmara: cadeiras quebradas, microfone que não funciona e gabinetes com móveis velhos. "Não vou aceitar esse tablet. Vou recusar", avisou o vereador Geovani Antônio (PSDB), na quarta-feira.
Djalma disse que não é contra a gestão atual e nem faz perseguição, mas o dinheiro público precisa ser respeitado. “Estou cumprindo apenas a minha função de vereador”. Apesar de pregar que não tem nada contra a presidência da Câmara, Djalma tem tudo contra Clécio Alves. Os dois voltaram a trocar farpas nesta quinta.
Clécio, conhecido pelo temperamento explosivo, ficou nervoso na sessão após anunciar o cancelamento da comprar. Ele explicou que todos os processos licitatórios são apresentados por ele mesmo ao Ministério Público para garantir a legalidade. "Tem vereador que vai ficar careca ou vai perder o resto dos cabelos que tem se ficar achando que vai encontrar alguma irregularidade", disse Clécio olhando para Djalma, que é careca.
O petista pediu a palavra e começou a questionar Clécio sobre duas licitações para dedetização na Câmara, cada uma no valor de cerca de R$ 140 mil. "Seja humilde e explique os gastos, vossa excelência". Clécio perdeu a paciência. "Não estou aqui para debater com vossa excelência", disparou Clécio, cortando o microfone do colega.
A briga continuou. Djalma foi para tribuna, pegou um tablet e começou a dar indiretas para Clécio. Um projeto debatido em plenário citava o pacifista Mahatma Gandhi. O vereador pegou carona e disse que Gandhi não precisou de tablet para ser pacifista. Clécio se irritou e disse que iria cortar a palavra do petista.
Djalma então insinuou que Clécio era "Macunaíma, o herói sem caráter" e perguntou se o colega sabia quem era Mário de Andrade. Algumas risadas foram ouvidas no plenário e Clécio decidiu cortar a palavra de Djalma.
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