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DNA revela que Hitler tinha síndrome rara que afetava órgãos sexuais e comportamento

Novo documentário do Channel 4 aponta que o ditador sofria de Síndrome de Kallmann

DNA revela que Hitler tinha síndrome rara que afetava órgãos sexuais e comportamento (Foto: Divulgação)

247 - Um novo documentário do canal britânico Channel 4, intitulado “O DNA de Hitler: O Projeto de um Ditador”, revelou que Adolf Hitler sofria de uma condição genética rara conhecida como Síndrome de Kallmann, responsável por interferir no desenvolvimento dos órgãos sexuais e diminuir significativamente a produção de testosterona. As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo, com base nas descobertas apresentadas pela produção.

De acordo com o programa, a análise genética indica que a síndrome poderia explicar aspectos marcantes do comportamento do líder nazista, como seu notório desconforto em relação a mulheres e a ausência de descendentes com Eva Braun, sua companheira. A condição, segundo especialistas consultados, também está associada a anomalias genitais, ausência de olfato e baixa libido — sintomas compatíveis com relatos históricos sobre Hitler.

O diagnóstico foi possível graças ao estudo de amostras de sangue coletadas de um sofá onde o ditador se suicidou em 1945. O material, preservado por um oficial americano e recentemente disponibilizado para pesquisa, permitiu o sequenciamento completo do genoma de Hitler. A análise foi conduzida pela professora Turi King, da Universidade de Bath, reconhecida por seu trabalho em genética forense.

A pesquisadora afirmou que o material estava surpreendentemente bem preservado, o que possibilitou uma leitura detalhada do DNA. Segundo o documentário, a identificação da Síndrome de Kallmann foi feita após a detecção de mutações genéticas específicas ligadas à desordem hormonal.

O historiador Alex Kay, da Universidade de Potsdam, entrevistado na produção, destacou que a descoberta pode lançar nova luz sobre traços psicológicos e comportamentais do ditador.
“Ninguém jamais conseguiu explicar por que Hitler se sentia tão desconfortável perto de mulheres ao longo da vida”, observou Kay, reforçando que a explicação genética dá suporte a antigas teorias sobre a impotência do líder nazista — inclusive ironizada em canções populares durante a Segunda Guerra Mundial.

A Síndrome de Kallmann é uma condição rara, geralmente hereditária, que afeta o desenvolvimento sexual e a produção de hormônios reprodutivos. Pessoas com o distúrbio tendem a apresentar puberdade atrasada ou incompleta, além de dificuldades na fertilidade. Embora tratável atualmente, a doença era desconhecida nos anos 1930 e 1940, período em que Hitler ascendeu ao poder.

Para os pesquisadores, os novos achados reforçam a importância da genética forense na reinterpretação de figuras históricas e de suas motivações. A equipe responsável pelo estudo afirmou que pretende publicar os resultados em uma revista científica nas próximas semanas, detalhando o mapeamento do genoma e suas implicações médicas e históricas.

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