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"Doa a quem doer"

assim que se fala, Lula: a CPI tem ser instalada, independente de quem possa vir a ser atingido; recado foi transmitido ontem pelo ex-presidente a vrios parlamentares que o visitaram no Srio-Libans

"Doa a quem doer" (Foto: Ueslei Marcelino/REUTERS )
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247 – Quem tem medo da CPI? O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tem. Ontem, no Sírio-Libanês, ele recebeu a visita de quatro lideranças importantes do Congresso: os deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP), atual líder do governo na Câmara, o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), que é ex-líder e será o provável relator da comissão, além dos senadores Renan Calheiros (PMDB/AL) e Gim Argello (PTB/SP). A todos deu o mesmo recado, segundo informa o Painel da Folha de S. Paulo desta quarta-feira. A CPI tem que ser instalada, disse Lula, “doa a quem doer”.

O ex-presidente está convencido de que o bicheiro Carlos Cachoeira, associado à revista Veja e ao senador Demóstenes Torres (sem partido/GO), agiu de maneira organizada para desestabilizar o seu governo. Alimentou uma série de escândalos, como os casos Waldomiro Diniz e Maurício Marinho, para defender seus interesses pessoais e, segundo os interlocutores de Lula, esse modus operandi terá que ser dissecado pela CPI.

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Na sexta-feira passada, Lula foi procurado pela presidente Dilma Rousseff, que externou sua preocupação com os rumos que uma CPI ampla e irrestrita poderá tomar. O principal foco de preocupação do governo é a construtora Delta, que recebeu R$ 884 milhões em verbas federais no ano passado – segundo o colunista Elio Gaspari, é a “tia do PAC”.

Apesar do risco, o ex-presidente não recuará um milímetro em sua decisão de apoiar e estimular a CPI. E mesmo para o governo Dilma, os danos do relacionamento com a Delta podem ser contidos. Praticamente todos os contratos da empreiteira de Fernando Cavendish passaram pelo Dnit, um feudo que era controlado pelo deputado Valdemar Costa Neto (PR/SP), e que está sob intervenção desde o início do governo Dilma – o governo poderá até declarar a empresa inidônea, a exemplo do que fez num precedente envolvendo a empreiteira Gautama.

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Como a CPI virá de qualquer maneira, o governo age para controlá-la. E é do controle, e não do descontrole, que podem surgir os maiores custos para a presidente Dilma. Qual será a fatura cobrada por nomes como Romero Jucá, Renan Calheiros e José Sarney?

No fim, pode acabar doendo ainda mais no bolso do contribuinte brasileiro.

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