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Doce mercado

Cursos para quem quer faturar com a Pscoa ensinam, do bsico ao gourmet, como incrementar o ovo de chocolate e outras gostosuras

Doce mercado (Foto: Divulgação/Vivian Feldman Atelier Escola)

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Luciane Macedo _247 - Já é tradição em feriados como a Páscoa que uma infinidade de produtos artesanais, feitos em casa, concorram com as tradicionais marcas de varejo e até mesmo com produtos premium pela preferência do consumidor. Os caseiros que primam pela qualidade já têm mercado certo. É uma época de grandes negócios para aqueles que se dedicam à doce arte de agradar com criações de chocolate.

Para os novos empreendedores que disputam uma fatia deste mercado, oferecer novidades com qualidade são ingredientes básicos para o sucesso de vendas. Quem procura por produtos caseiros quer, principalmente, a variedade que não vai encontrar nas prateleiras do supermercado e nem nas requintadas vitrines das grifes de chocolate. Este público dispensa o óbvio, a pequena variedade padronizada, as filas e também os preços indigestos. E quem puder atender a encomendas personalizadas já tem uma vantagem extra sobre a concorrência.

Foi pensando na demanda crescente da Páscoa e no número cada vez maior de empreendedores em busca de profissionalização que casas especializadas em chocolate passaram a oferecer cursos. E também não faltam chefs, confeiteiros e chocolatiers, para ensinar aos novatos o caminho até a toca do coelho. Do básico ao gourmet, existem cursos para todos os bolsos.

Em São Paulo e Santo André, a Chocolândia recrutou figurinhas carimbadas do forno e fogão televisivo para dar aulas práticas em seus centros culinários. São dezenas de cursos oferecidos diariamente, com aulas de manhã, à tarde e à noite, que variam de duas a sete horas de duração. Dá para aprender o básico, como fazer os ovos de chocolate mais populares do mercado, sem gastar muito. Basta acessar o calendário de cursos e inscrever-se no site da Chocolândia.

A Chocoleste, no bairro da Penha, em São Paulo, oferece cursos intensivos e até aulas grátis dedicadas às delícias da Páscoa. A casa especializada no mercado de chocolates caseiros também trouxe culinaristas conhecidos do público para ensinar seus segredos e compartilhar sugestões criativas de como embalar e apresentar os produtos. Os interessados podem conferir a agenda de cursos e reservar sua vaga no site da Chocoleste.

Entre tantas possibilidades de escolha, uma dúvida comum é qual o melhor produto para vender. Se apostar no que todo mundo gosta para não errar ou se, pelo contrário, seria melhor investir em nichos de mercado pouco explorados, oferecendo produtos menos tradicionais na Páscoa. Felizmente, o mercado é grande o bastante para acolher uma vasta gama de guloseimas. Mas uma dica fundamental é conhecer bem o público-alvo. "Tem que saber quem é o cliente", diz a chef confeiteira Vivian Feldman. "Se ele aprecia macadâmia e chocolate belga, ele sabe que vai pagar mais", assinala. "Mas se o público vai achar caro, não adianta fazer um ovo super refinado".

Dona do Vivian Feldman Atelier Escola, na Vila Madalena, em São Paulo, Vivian é também conhecida por suas participações frequentes em programas de TV e por ter dado aula no primeiro curso superior de confeitaria do Brasil, na Anhembi Morumbi. Quando a universidade deixou de oferecê-lo, a chef cursou um MBA em Gestão Empresarial e, em 2010, abriu seu próprio negócio para dedicar-se ao que mais gosta de fazer, ensinar delícias.

Em seus cursos, que têm no máximo dez alunos e já estão lotados, ela mostra como inovar com produtos já tradicionais como o ovo de chocolate, mas também como conquistar a clientela com cupcakes decorados especialmente para a Páscoa e ingredientes gourmet (veja fotos abaixo). "Quando você aparece com algo diferente, chama a atenção, então este é o foco no meu atelier", diz a chef. "Cupcake está na moda, mas você pode oferecer um produto diferente nos ingredientes e no visual".

Vale lembrar que mesmo o ovo de chocolate mais básico também tem o seu público, porque pode sair mais barato que o de uma marca tradicional, além de ser mais fresco e saboroso. Os produtos mais elaborados, originais ou com ingredientes selecionados têm um apelo de vendas ainda mais forte, desde que direcionados ao público certo.

O preço de venda vai variar de acordo com os ingredientes utilizados e a margem de lucro que o vendedor deseja ter. "O que digo aos meus alunos é que eles têm que saber quanto foi seu custo e, em cima disso, sugiro uma margem de lucro de 300%", orienta Vivian. Para se ter uma ideia, o gasto para se fazer em casa um ovo de chocolate de 250g com bombons recheados, o mais básico para a Páscoa, será de mais ou menos R$ 12,00, já embalado. Chocolate belga e recheios que levam ingredientes mais caros elevarão o custo, mas não a margem de lucro, que deve ser a mesma, mantendo a coerência com todo o portfólio de produtos oferecidos.

"Além de conhecer bem seu público, dois aspectos são fundamentais para vender bem: novidades e atendimento", ensina Vivian. E não dá para esquecer o poder da internet como a melhor plataforma de vendas para os produtos feitos em casa. Uma boa e detalhada apresentação, com a força da indicação dos amigos nas redes sociais, ajudam a ganhar mercado e catapultar as vendas. "A gastronomia está em alta, as pessoas estão procurando por produtos diferentes, gourmet e de melhor qualidade", enfatiza a chef. "Quem se ligar nestas tendências, vai fazer bons negócios".

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