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Dólar: até onde vai?

Tensão política estimula novas altas da moeda

Tensão política estimula novas altas da moeda (Foto: Camila Nunes)
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Do Infomoney - Pela sexta sessão seguida o dólar comercial registrou ganhos, encostando na última quinta-feira (6) nos R$ 3,60, pressionado pela piora dos fundamentos políticos e econômicos, incluindo um aumento da tensão por um possível impeachment de Dilma. A moeda norte-americana fechou com ganhos de 1,39%, para R$ 3,5354 na compra e R$ 3,5374 na venda, chegando a disparar 2,2% na máxima do dia, aos R$ 3,5702.

Piorando o cenário, uma pesquisa Datafolha divulgada hoje mostrou que 66% dos eleitores acreditam que o Congresso Nacional deveria abrir processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Ainda de acordo com a sondagem, a presidente Dilma tornou-se o chefe de Estado mais impopular do país desde que as sondagens começaram a ser feitas, em 1990, com 71% de avaliação ruim ou péssima.

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Além disso, na véspera, a Câmara dos Deputados aprovou a primeira das chamadas "pautas-bomba", que aumentam os gastos do governo. A Câmara aprovou Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reajusta os salários de servidores e gera despesa adicional de R$ 2,45 bilhões ao ano para a União. Esta é mais uma derrota do governo no Congresso.

Segundo diretor da Wagner Investimentos, José Faria Júnior, no momento, sem notícias boas vindas de Brasília, fica difícil estimar o ritmo de alta do dólar, que segue muito intenso. Um dos fatores que pode aliviar essa alta seria um Relatório de Emprego dos EUA mais fraco nesta sexta-feira, o que levaria o Federal Reserve a adiar a alta de juros no país.

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"O que comanda agora é o pânico do rebaixamento pela Moody's nos próximos dias e a possibilidade do impeachment. Este clima de falta de governo reduz ainda mais a baixíssima confiança dos empresários e da população", diz Júnior. Segundo ele, o atual objetivo da moeda é de R$ 3,80, mas o valor deve ser ajustado para cima na próxima semana.

40 dias de tensão

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Em relatório divulgado hoje, José Faria Júnior destaca que os próximos 40 dias serão de extrema importância, com uma série de indicadores no Brasil e no exterior que devem afetar o desempenho do dólar, seja para estender as altas ou para aliviar um pouco o cenário. Confira abaixo os principais eventos que o investidor deve ficar de olho nas próximas semanas:

Agenda doméstica:

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16 de agosto: manifestação contra o governo.

19 de agosto: provável data de entrega do relatório do TCU sobre as "pedaladas".

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20 de agosto: manifestação defendendo o atual governo.

Sem data: relatório da Moody's sobre o rating do Brasil. A partir desta data, será possível ter um cenário mais claro sobre a possibilidade da entrada do pedido de impeachment de Dilma.

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Agenda externa:

19 de agosto: Ata da última reunião do Fed.

Final de agosto: Jackson Hole, porém sem a participação de Yellen.

2 de setembro: Livro Bege.

4 de setembro: Payroll.

17 de setembro: a aguardada reunião do Fed, que além do tradicional comunicado, também terá uma coletiva de imprensa. Há a possibilidade da primeira alta de juros

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