Domingo é dia de #OcupeEstelita
Manifestantes voltaro ao Cais Jos Estelita no domingo (22) para criticar o projeto Novo Recife, que prev a construo de treze torres no local, e pedir uma discusso maior sobre o desenvolvimento urbano da cidade
Beatriz Braga _PE247 - Rendido ao ostracismo nas últimas décadas, o Cais José Estelita, área central do Recife, virou o emblema da discussão urbana da cidade. Depois de ter entrado na mira do projeto Novo Recife, que prevê a construção de treze torres no local, ganhou, do outro lado, defensores da sua revitalização e preservação da paisagem não verticalizada. Sucesso no último domingo (15), com mais de mil protestantes, o movimento #OcupeEstelita pretende acontecer todos os domingos, voltando à tona no próximo dia 22, com formato parecido da primeira edição. Dessa vez, no entanto, além das manifestações artísticas, um ciclo de debates será incorporado ao local. A hora da concentração mudou para as 11h e término continua marcado para às 16h.
Convidados pelos participantes do Projeto Mambembe, grupo que reúne estudantes de arquitetura do Nordeste, quatro palestrantes debaterão o desenvolvimento urbano da cidade e o megaempreendimento previsto para o Cais. Garantiram presença os professores de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Tomaz Lapa de Menezes e Lúcia Veras, além dos arquitetos Marília Cireno (que também participa do Coletivo Atelier 6 ) e Cesar Barros.
Depois das palestras, qualquer interessado poderá integrar ao debate com perguntas e colocações. Assim como no último domingo, “a ocupação cultural” será a regra. O Cais terá direito a apresentações de bandas, exibição de filmes, performances artísticas, grafitagem, “Free Speech”, circo, piscina e qualquer manifestação que possa inspirar uma “nova cidade, mais sustentável e criativa”.
Os manifestantes do #OcupeEstelita fazem questão de não se apresentar como um grupo de “uma causa só” e dizem propor um pauta ampliada ao município. Além das críticas ao projeto Novo Recife, responsabilidade de um consórcio que reúne as empresas Queiroz Galvão e Moura Dubeux, o protesto pede que a discussão se estenda às áreas urbanas e o plano motor da cidade.
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