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      Duelo de Doria e Alckmin acelera corrida com acenos do PMDB ao prefeito

      O duelo entre Geraldo Alckmin e João Doria pela candidatura tucana ao Planalto acelerou a corrida eleitoral e já tem influência direta do PMDB; essa disputa silenciosa passou a sofrer a influência até de Michel Temer (PMDB), que barganha com os tucanos o apoio a reformas e a blindagem contra novas ações penais

      alckmin doria (Foto: Giuliana Miranda)
      Giuliana Miranda avatar
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      SP 247 - As movimentações de João Doria pelo Brasil aceleraram a movimentação de Alckmin, derrotado ao Palácio do Planalto em 2006, para garantir sua vaga nas eleições do ano que vem. Essa disputa silenciosa passou a sofrer a influência até de Michel Temer (PMDB) que barganha com os tucanos o apoio a reformas e a blindagem contra novas ações penais.

      Na quarta-feira, Alckmin fez um périplo por Brasília. Encontrou-se com os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (PMDB), e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM). Expressou preocupação com os movimentos de Doria, mas reiterou que está no páreo, apesar de abatido pela delação da Odebrecht. “Ele [Alckmin] deixou claro que é candidato a presidente da República”, afirmou Oliveira.

      Enquanto esperam Doria e Alckmin colocarem as armas na mesa, os senadores José Serra (PSDB) e Aécio Neves (PSDB) tentam se salvar dos inquéritos da Operação Lava Jato, mas também não descartaram uma candidatura. O presidente interino do PSDB, Tasso Jereissati, anunciou na semana retrasada que, até dezembro, será escolhido o nome do partido para a candidatura à Presidência.

      Esse calendário favorece Alckmin, pois Doria teria de se lançar presidenciável com menos de um ano como prefeito. Mas, até lá, todos precisam correr para ganhar vantagem nas pesquisas ou zerar distâncias. “Doria acelerou a campanha. Como prefeito, nem existe mais. Vai de Xangai a Belém”, afirmou Alberto Goldman, ex-governador de São Paulo e vice-presidente do PSDB.

      A disputa no ninho tucano também é influenciada pela salvação e blindagem de Michel Temer (PMDB). Tanto para Alckmin quanto para Doria interessa que Temer termine o mandato preservado de ações penais na cartucheira da Procuradoria-Geral da República, mas Alckmin já defendeu que o PSDB abandone o governo Temer e 11 deputados federais do PSDB, influenciados pelo governador, votaram pela abertura de ação penal contra o presidente. Doria defende a permanência do PSDB no governo federal. Não à toa Temer disse a Doria, em conversa reservada, que o PMDB estava de portas abertas para que ele dispute o Planalto em 2018.

      “Doria está vendo que vai perder lá dentro [do PSDB]. Temer teve uma oportunidade [na visita a São Paulo] e fez o convite. O PMDB está de portas abertas”, afirmou o presidente do Senado ao EL PAÍS.Como hoje a maior parcela do PSDB no Congresso apoia Temer, a aproximação do presidente da República serve de trunfo a Doria contra Alckmin no xadrez tucano e abre caminho para uma aliança entre tucanos e peemedebistas pelo Planalto em 2018.

      As informações são de Daniel Haidar no El País.

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