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    EAS entrega casco da plataforma P-55

    O casco, que o maior de plataforma semissubmersvel (FPU) j construdo no Brasil, foi entregue com 15 meses de atraso. Agora, o chamado lower hull da P-55 segue para o Rio Grande do Sul, onde ser integrado parte superior da unidade.

    EAS entrega casco da plataforma P-55 (Foto: Eudes Santana/Divulgação)
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    Bruna Cavalcanti_PE247 – Depois de 15 meses de atraso – a expectativa era de que fosse concluído em setembro de 2010 – o casco da plataforma P-55 finalmente foi entregue pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS) à Petrobras. O anúncio foi feito pela empresa nesta quinta-feira (22). É o maior casco de plataforma semissubmersível (FPU) já construído no Brasil. Agora, o chamado lower hull da P-55, com 25 mil toneladas totais, 44 metros de altura e uma base de 94 por 94 metros, segue para o Rio Grande do Sul, onde será integrado à parte superior da unidade.

    “Criamos uma nova fronteira para a indústria offshore do País. É uma grande oportunidade para a economia local e que terá impacto no círculo virtuoso de desenvolvimento industrial pelo qual Pernambuco vem passando”, afirma o presidente do EAS, Agostinho Serafim Júnior.

    De acordo com o presidente, o atraso da entrega do casco da P-55 aconteceu por dificuldades relacionadas ao fato das instalações do EAS não estarem inteiramente prontas e da escassez de mão de obra no Brasil. “Isso impactou no cronograma inicial. Porém, a obra ganhou velocidade e evoluiu dentro do previsto após a conclusão do Estaleiro, em meados de 2010. A partir daí, pudemos contar com toda a nossa capacidade produtiva”, analisa.

    O contrato da EAS com a Petrobras marcou a estreia da empresa na indústria de offshore e consolida a presença do Estaleiro no setor. A previsão é que o transporte do casco – que será realizado por dois rebocadores oceânicos - seja concluído em duas semanas. A integração do casco ao deck box (parte superior da estrutura) será realizada por outra empresa contratada pela Petrobras.

    De acordo com a EAS, todas as etapas de construção do casco da P-55, inclusive os procedimentos de soldagem, foram executadas e aprovadas pela sociedade classificadora internacional responsável, a Bureau Veritas - entidade sediada na Bélgica com 200 anos de credibilidade.

    A integração do casco e do deck box, operação chamada de mating no jargão técnico, será realizada num dique seco. É a primeira vez que esse processo é realizado dessa forma no Brasil. A P-55 é projetada para operar em águas profundas, terá capacidade de produção de 180 mil barris diários e produzirá óleo leve. Assim que for finalizada, ela será instalada no Campo de Roncador, Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, a uma distância de 130 quilômetros da costa.

    Testes

    Antes de ser entregue, o casco da P-55 foi submetido a uma série de testes no EAS, para avaliação da operação do sistema de lastro, responsável por fazer a plataforma submergir e emergir. Foram realizados ainda testes estruturais dos tanques e hidrostático das tubulações. Os resultados mostraram que todos os sistemas estão operando perfeitamente e que o lower hull atende às exigências de qualidade da indústria de petróleo e gás. No Estaleiro Rio Grande, o casco ainda passará por testes, como os de inclinação, com supervisão de técnicos do EAS.

     

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