Economia de Goiás vive espetáculo de crescimento
Segundo IBGE e Caged, Estado tem recordes de produtividade industrial, geração de empregos, perspectivas de crescimento duradouro e sustrentável e de sólidos investimentos futuros
Goiás247_ Diz uma música de Dorival Caymmi: “O que é que a baiana tem?” Imortalizada por Carmem Miranda, a canção tornou-se símbolo de brasilidade. Talvez agora seja a hora de perguntar “O que é que o goiano tem?”, pois a aceleração da economia do Estado é um dos fatores que mais chama atenção dos técnicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e economistas em geral.
A produção industrial goiana lidera no acumulado de sete meses de 2012, com alta de 5,7%. Bahia vem atrás, com 2,9%. Os números indicam que, em 12 meses, Goiás cresceu 7,1%, Paraná, 6,9%, e Pernambuco, 4%.
O conjunto de técnicos, composto por geógrafos e economistas, realiza a pesquisa mais detalhada da economia goiana. De um ano para cá, Goiás tomou a liderança da produção industrial, na casa de 7% de crescimento em relação aos concorrentes. Todos os números do IBGE atestam essa pujança.
Chegou-se a especular, inclusive, que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) instalada em Brasília, tinha como intuito atrapalhar a aceleração da economia goiana, visto que envolve empresários da região. Afinal, deputados, em tese, defendem suas causas, suas indústrias, seus territórios e os goianos são uma ameaça na atração de novas indústrias para outros estados. De 17 deputados, oito, pelo menos, foram envolvidos no escândalo.
Ninguém duvida que os goianos ficaram frágeis com o processo de cassação do ex-senador Demóstenes Torres, considerado, inclusive, como lobista de empresas goianas.
Apesar da crise política, o estado deu um salto. Goiás e Paraná, principalmente, apesar da crise internacional, têm feito o Brasil não se sucumbir à estagnação provocada pela falta de liquidez nas economias da Espanha, Itália e Grécia.
Acreditava-se que o mal desempenho e estagnação econômica destes países atingiriam o Brasil. A reflexão dos técnicos é lógica: se o mundo passa por uma crise e a crise não atingiu o Brasil, com certeza, o setor industrial foi um dos motivadores dessa blindagem econômica do país. Pois bem, as indústrias de Goiás são as lideres desse segmento de defesa.
No caso dos goianos, a pauta de exportações do estado é diversificada, indo do Canadá à China, fato que impede a derrocada do Estado e da região Centro-Oeste.
Goiás tem uma pauta de produção diversificada, que vai da indústria de minérios a de medicamentos, do agronegócio ao turismo, da automobilística ao forte ramo de serviços e confecções.
Se as indústrias vão bem, evidentemente, sobram empregos. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) corrobora o IBGE e aponta Goiás como líder de geração de empregos.
A última Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE atesta que Goiás manteve-se na liderança, apesar dos próprios relatórios da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), emitidos em julho, terem alertado para o risco da desaceleração da economia goiana em julho.
Empresários do ramo de agregados minerais, britas e cimentos, reclamam que faltam grandes obras federais no Estado, caso daquelas listadas no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).
Sem obras neste setor, ocorreu uma queda (14,6%) na área dos minerais não metálicos, responsáveis pela produção de cimentos “Portland”, painel, ladrilho e telhas.
Persiste ainda a pergunta: o que é que Goiás tem? Definitivamente não tem Dorival Caymmi e Carmem Miranda, mas no acumulado de um ano, já passou a Bahia em industrialização, bem como todos os outros.
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