"Eduardo Campos é um cara para ser presidente”

Bruna Cavalcanti_247 – A lista de admiradores do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, continua aumentando. Em entrevista ao PE247, durante a sua participação na VII Feira Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto), nesta segunda-feira (14), o escritor e jornalista Fernando Morais rasgou elogios ao socialista. Questionado sobre o papel nacional que Campos pode desempenhar, o escritor admitiu que o pernambucano tem fôlego e força política para alçar voos maiores. “Ele é um cara para ser presidente, se for o caso. Para idade dele, possui uma experiência surpreendente. Acho que é uma estrela em absoluta ascensão. Gosto muito dele”, afirmou o escritor.

A relação de Fernando Morais com a família Arraes é antiga. O escritor era bastante amigo do avô de Eduardo Campos, o ex-governador Miguel Arraes. Segundo Morais, a amizade entre eles começou quando o jornalista veio para um comício em Recife. A relação se tornou tão proxima que Arraes chegou, inclusive, a escrever o prefácio de “Socos na Porta”, obra escrita por Morais em 1980. “Gostava muito dele”, confidenciou o escritor.

Essa é a segunda vez, em menos de quinze dias, que Morais aporta no Recife. No dia 31 de outubro, o escritor esteve na cidade para participar, como palestrante, de um evento sobre a história do jornal “Movimento”, famosa publicação que se caracterizou, entre outras coisas, por sua resistência à ditadura. A publicação trazia entrevistas com figuras políticas históricas como, por exemplo, o ex-governador, Miguel Arraes.

Autor de sucessos como “Olga”, “A Ilha”, “Chatô, O Rei do Brasil” e “Corações Sujos”, Fernando Morais, que é hoje um dos mais consagrados escritores do Brasil, terá uma enorme responsabilidade pela frente: escrever um livro sobre o ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. "Toda biografia é difícil. De gente viva, mais difícil ainda", revela o escritor.

No entanto, diferente do que foi mencionado em vários veículos, Morais garante que Lula só deu sinal positivo para ele há dois meses, bem antes de ser diagnosticado com câncer na laringe. “Até o momento, tive apenas uma conversa com ele. As coisas agora estão um pouco paradas. Não falei mais com ele desde que começou o seu tratamento. Não sabemos ainda como vai ser. Mas, tudo indica que o livro não deverá ser uma biografia e sim um retrato político dos bastidores do governo Lula”, adianta Morais.