Eduardo defende permanência de Pimentel

Bruna Cavalcanti_PE247 – Durante a posse do novo presidente da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), João Bosco, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), comentou as denúncias que estão sendo feitas ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT). Segundo Eduardo, que afirmou não estar acompanhando inteiramente o caso, Pimentel é um “homem de bem” e tem uma trajetória política de destaque.“O conceito que tenho de Fernando Pimentel é o de um homem honrado, um militante político com uma trajetória marcada pela coragem, já que desde sua juventude sempre lutou por liberdade”, afirmou Eduardo.

O governador lembrou os tempos em que Pimentel esteva à frente da Prefeitura de Belo Horizonte e afirmou ainda que a eleição do atual prefeito, Marcio Lacerda (PSB), só foi possível graças ao trabalho desempenhado por Pimentel durante as campanhas. “Ele fez uma belíssima gestão. Tanto é que, por isso, pode eleger alguém que jamais havia disputado um mandato, que sequenciou o seu trabalho e que hoje é considerado um dos prefeitos com o maior apoio popular em todo o Brasil. Isso em grande parte porque sucedeu a gestão do ministro Pimentel”, frisou Campos.

O Palácio do Planalto atribui ao PT mineiro, em especial ao vice-prefeito de Belo Horizonte, Roberto Carvalho, as denúncias que tem enfraquecido o ministro - Carvalho desejaria ser o candidato do partido, contra o atual prefeito, Marcio Lacerda (PSB), às eleições municipais do próximo ano. Em declarações concedidas ao Brasil 247, na noite desta terça-feira (06), o ministro Fernando Pimentel foi cauteloso afirmando que “não dá para saber de onde isso parte”.

As denúncias sobre Pimentel começaram no sábado (03). Uma reportagem publicada pelo jornal O Globo afirmou que o ministro recebeu mais de R$ 2 milhões por consultorias prestadas por sua empresa, a P-21 Consultoria e Projetos, em 2009 e 2010, entre a sua saída da Prefeitura de Belo Horizonte e a chegada ao governo Dilma Rousseff. Desde então, o ministro tem sido alvo da oposição que, inclusive, já pediu a sua convocação para prestar esclarecimentos na Câmara dos Deputados – o pedido foi derrubado, por 13 votos a 5, na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara.