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Edvaldo, o saco de pancadas. Não irão virar a página?

Transformado no responsável por todos os problemas de Aracaju, Edvaldo Nogueira é tema favorito das entrevistas e declarações dos dois principais secretários do prefeito João Alves Filho; Carlos Batalha e Nilson Lima carregam nas críticas, mas esquecem que passados 50 dias é preciso mudar a temática e partir para a ação efetiva da nova administração; a melhor crítica ao ex-prefeito será o resultado exitoso da Prefeitura sob o comando de João

Edvaldo, o saco de pancadas. Não irão virar a página?
Felipe L. Goncalves avatar
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Valter Lima, do Sergipe 247 – Passados 50 dias desde o início da nova gestão da Prefeitura de Aracaju, agora sob o comando de João Alves Filho (DEM), o tema mais recorrente das declarações dos principais assessores do atual prefeito ainda é a gestão anterior. Não já teria passado da hora de abrir espaço para discutir os problemas da cidade em detrimento das picuinhas político-partidárias?

Os secretários Nilson Lima (Finanças) e Carlos Batalha (Comunicação) se revezam em entrevistas, onde fazem diversas acusações contra o ex-prefeito Edvaldo Nogueira (PC do B). Falam de dívidas milionárias, de problemas da gestão e partem até para ataques pessoais, mas quase nada divulgam sobre as novas diretrizes da atual administração. É algo que já soa inconveniente demais.

Nesta quarta-feira (20), Batalha retornou ao programa “A Hora da Verdade”, um dia depois de protagonizar um embate duro com Edvaldo, para novamente criticar o adversário político. Mas perdeu as estribeiras. Se na terça-feira, o secretário já tinha chamado o ex-prefeito de “cara de pau” e de “maior vendedor de ilusões da política sergipana”, na entrevista mais recente, Edvaldo, que Batalha denominava como “o rapaz”, foi chamado de “mentiroso”.

Nilson Lima, por sua vez, especializado em proclamar o apocalipse das contas públicas de administrações anteriores a que ele trabalha, repete a mesma ladainha (débitos milionários, insegurança sobre pagamento de salários de servidores e a fornecedores) que trouxe a público em 2007, quando assumiu a Secretaria da Fazenda do Governo Marcelo Déda, na sucessão da administração de João Alves Filho, de quem agora ele é partidário.

Na ânsia da crítica, estes secretários esquecem que a população, esperançosa de que o novo prefeito resolva os problemas da cidade, não quer saber do que já passou, mas aguardam pelas iniciativas da atual gestão que redundem em melhoria da qualidade de vida. É justo que os representantes da Prefeitura mostrem para a sociedade a herança deixada pelo Governo anterior, mas não se pode fazer disso bandeira e nota musical de um disco arranhado.

Paradoxalmente, o prefeito João Alves Filho destoa destas atitudes e evita falar em dívidas ou em problemas deixados pelo antecessor. Reconhece dificuldades e crise, mas tem apresentado um discurso mais propositivo e objetivo. Realmente, é necessário que seja desta forma em todas as vozes que ecoam da nova administração.

Edvaldo Nogueira, por seis anos prefeito, deu a sua contribuição e deixou novas demandas para o atual chefe do Executivo. Saiu do cargo com grande rejeição e com falhas graves em setores como Saúde, Trânsito e Transporte, além de problemas que estão sendo expostos, como a indefinição sobre o lixo e a falta de projetos de revitalização dos mercados centrais, que poderão ser interditados.

Ainda assim, não se justifica 50 dias de críticas diárias contra ele, em um momento que a população quer ouvir soluções e não repisar de dificuldades. Ao final da participação de mais de uma hora do secretário da Comunicação no programa de rádio, ele fez um desafio ao “rapaz que deixou a prefeitura” para um novo embate, com os dois presentes no estúdio. Para quê? Com que benefício para os aracajuanos? E mesmo politicamente, com que demanda?

Não é necessário! O melhor caminho para a nova gestão é o que o mesmo Batalha trilhou nos cinco últimos minutos da entrevista: divulgar ações da prefeitura. Segundo ele, nos 17 dias que antecedem o aniversário da capital serão anunciadas a construção de 100 novos abrigos de ônibus, incorporação de 180 guardas municipais e autorização de concurso para mais 500 homens, realização do programa “Prefeitura nos Bairros”, medidas para a saúde e para o lixo, entre outras ações.

É isto que o povo quer saber. Será trabalhando que os gestores da prefeitura conseguirão estabelecer diferenças em relação à administração anterior. E não disparando agressões verbais de todo tipo, sem qualquer resultado palpável que comprove o tão famigerado “amor” que João diz ter por Aracaju.

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