Eleição em BH já tem um vencedor: Aécio Neves
Nenhum dos principais pr-candidatos prefeitura da capital mineira faz oposio ao senador e ex-governador mineiro. O PT resistente aliana com tucanos no estado foi derrotado internamente e o PMDB tende a sair com candidato fiel ao aecismo
Minas 247 - Mesmo que seu candidato preferencial, Marcio Lacerda, não consiga se reeleger prefeito de Belo Horizonte em outubro, o senador Aécio Neves (PSDB) não terá do que se queixar. Ele já pode ser considerado vencedor no pleito, uma vez que todos os principais pré-candidatos na capital são alinhados politicamente ao ex-governador.
O favorito Marcio Lacerda (PSB) é cria de Aécio. Foi seu secretário de Desenvolvimento Econômico e o escolhido para encabeçar a chapa na insólita aliança entre petistas e tucanos em 2008. Eleito prefeito, Lacerda tenta equilibrar-se na corda bamba que é defender o governo federal - alvo de críticas de Aécio - e ser fiel a seu padrinho político do PSDB. No 1º de maio, o prefeito de BH passou nesse complicado teste: compareceu à festa promovida pela Força Sindical e dominada por tucanos, com críticas à presidenta Dilma Rousseff; mas, ao mesmo tempo, defendeu o governo federal em seu breve discurso.
O provavelmente adversário mais forte de Lacerda é Leonardo Quintão (PMDB), que chegou ao segundo turno em 2008. Naquele ano, o peemedebista chegou a desmentir qualquer atrito com o então governador mineiro, que trabalhava a favor de seu adversário. “Sou aliado e amigo dele. Já falei que, se ele for candidato a presidente, terá meu apoio”, disse na época Quintão. Hoje, com outras palavras, seu discurso e prática são o mesmo.
Os outros dois candidatos competitivos também são, praticamente, aecistas. Délio Malheiros, deputado estadual do PV, é um dos mais contundentes críticos de Lacerda, mas não faz o mesmo em relação ao PSDB estadual. Amigo de longa data de Andrea Neves, irmã de Aécio, o deputado estadual não faz parte da reduzida bancada da oposição ao governador Antonio Anastasia.
Já o deputado federal Eros Biondini, do PTB, deverá usar as próximas eleições para cacifar seu nome em pleitos futuros. Ele tem boa votação entre católicos praticantes, por fazer parte do grupo Renovação Carismática, mas tem poucas chances de emplacar a ponto de chegar ao segundo turno. É cantor católico e foi vocalista da banda Nova Aliança. Em 2010, esteve juntamente com Aécio em várias cidades do interior do estado. Já participou também de programas católicos na TV em que o ex-governador mineiro era convidado - um deles com o pré-candidato à prefeitura paulistana pelo PSB, Gabriel Chalita. Em outras palavras, é outro candidato que não fará críticas a Aécio, pelo contrário.
A “vitória” aecista em outubro só não se realizará se o PMDB optar pela candidatura do deputado estadual Sávio Souza Cruz. Um dos líderes da bancada oposicionista na Assembleia Legislativa, apelidada de “Minas sem Censura”, Sávio faz críticas ácidas ao legado do governo do PSDB em Minas, sobretudo em assuntos econômicos, como o crescimento da dívida pública. Mas será uma surpresa se Sávio vencer internamente. Quintão tem maior domínio sobre filiados do PMDB da capital e o fato de ser mais conhecido - o que rende mais votos, ao menos no começo da campanha eleitoral - tende a atrair os candidatos a vereador.
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