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Em áudio, desembargadora acusa desembargadores

Uma gravação de uma sessão do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) mostra um desentendimento entre desembargadores. No início deste mês, a desembargadora Elizabeth Carvalho acusou, durante sessão do Pleno, o desembargador Tutmés Airan e o presidente  do TJ, José Carlos Malta Marques, de serem parciais por defenderem o Governo do Estado.

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Alagoas247 - A desembargadora Elizabeth Carvalho, do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), durante sessão realizada no início deste mês de julho, criticou os colegas desembargadores José Carlos Malta Marques e Tutmés Airan – respectivamente, presidente e vice do Poder Judiciário – ao insinuar que ambos seriam parciais, afirmando que os magistrados estariam a defender o Governo do Estado em processos que lhe dizem respeito. Para a desembargadora, este seria o motivo de o Executivo supostamente não designar procuradores para sua defesa.

Houve bate-boca durante a apreciação de processo por meio do qual se discutia a aplicação de pena de advertência em desfavor de juiz local. A troca de acusações teve início com o desembargador Tutmés, que presidia a sessão, solicitou ao relator que 'encurtasse' seu voto. O pedido revoltou a magistrada, que então saiu em defesa do desembargador Paulo Lima, afirmando que a solicitação seria 'absurda, um desrespeito para com o relator'.

“O Estado não precisa de procurador porque os desembargadores Tutmés e Malta Marques sempre saem em defesa do Executivo. Terei de usar o Facebook para pedir aos servidores da Assembleia para que façam um protesto. O desembargador Paulo Lima não precisa de ninguém que fale por ele. Sinto-me envergonhada”, afirmou a magistrada, reportando-se a processo que versa sobre passivo trabalhista dos servidores do Legislativo Estadual.

“Há coisas acontecendo aqui que não são encontradas nem no pior livro de assombração. Já que ninguém pede, eu peço desculpas a vossa excelência [desembargador Paulo Lima]. Tem gente aqui que passa quase duas horas lendo um voto. Vossa excelência não merece isso”, disse Elizabeth Carvalho.

Na sequência, o desembargador Tutmés Airan retomou a palavra para garantir que não agira com desrespeito para com nenhum colega magistrado. “Quando eu ler meu voto, ninguém venha me pedir para resumi-lo”, emendou a magistrada.

Em seguida, o desembargador José Carlos Malta, que não participava da sessão, adentrou no plenário para interromper os trabalhos e solicitar à colega de Pleno que repetisse o que havia afirmado. Elizabeth Carvalho então o fez e ouviu do presidente do TJ-AL que iria ser processada. Em resposta, a desembargadora disparou: “Chame a polícia do Tribunal e mande me prender. Tome as providências que achar necessário”.

Os ânimos se exaltaram e Malta Marques criticou a postura da magistrada. “Vossa excelência vive querendo ser a dona da verdade. Pode se impor com outras pessoas, mas, comigo, não. Eu até poderia dizer aqui muita coisa que sei de vossa excelência, mas não o faço por questão de ética. Porém, tenho o dever de zelar pela minha honradez”, afirmou o desembargador, o que não satisfez a magistrada. “Diga o que tem a dizer. Homem nenhum faz isso comigo. Não levante suspeição, fofoca, contra a minha pessoa”, rebateu.

Contudo, segundo a assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça de Alagoas, dias após o bate-boca, a desembargadora já teria pedido desculpas aos magistrados, durante sessão do Pleno, o que teria dado por encerrada a discussão.

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Ouça o áudio no portal Gazetaweb

 

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