Em Goiânia, manifestantes pedem saída de Temer

Goiás 247 - Manifestantes protestam em Goiânia desde o início da madrugada desta sexta-feira (30) contra as reforma trabalhista a previdenciária, e pedem saída de Michel Temer - foi o primeiro presidente denunciado por corrupção na história do País e, segundo pesquisa Datafolha, tem a menor popularidade em 28 anos, com apenas 7% de aprovação. O Supremo Tribunal Federal (STF) já enviou a denúncia para a Câmara dos Deputados, que precisa autorizar a investigação contra Temer no STF. O ato na capital ocorre nas ruas do Centro da capital conta com a presença de 3,5 mil pessoas, de acordo a organização do protesto. 

O grupo, formado por integrantes de centrais sindicais, chegou à praça por volta das 8h30 e três horas depois saíram em caminhada pela Avenida Goiás. Em seguida, devem virar na Avenida Anhanguera com destino ao cruzamento da via com a Avenida Tocantins.

Antes de chegar ao Centro, o grupo impediu, por volta de 6 horas, a saída de ônibus do Eixo Anhanguera da portaria da Metrobus, empresa responsável pela linha.

A assessoria de imprensa da Metrobus informou que pelo menos 98 ônibus deveriam ter saído no início da madrugada - a frota tem 135 veículos, conforme relato do G1. Por dia, mais de 200 mil passageiros utilizam o Eixo Anhanguera.

Em nota, a Metrobus também afirmou que "todas as linhas serão normalizadas para atender a população que usa o Eixo Anhanguera e suas extensões". A concessionária disse que "respeita o direito de livre manifestação e trabalha para que a liberdade de ir e vir do cidadão não seja cerceada".

Acusações contra Temer

Na delação dos donos da JBS, os empresários Joesley Batista e seu irmão Wesley, afirmaram que Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS). Depois, o parlamentar foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley. O empresário disse a Temer que estava dando ao ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados. Diante da informação, Temer incentivou: "Tem que manter isso, viu?". 

Cunha negou ter sido procurado para receber mesada e ficar calado, mas Temer já foi o primeiro presidente da história do País a ser denunciado por corrupção pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o que aconteceu esta semana. Temer será alvo de novas denúncias, pois ele também foi acusado pela PGR de organização criminosa e tentativa de obstrução das investigações da Operação Lava Jato.

Em maio, quando vieram à tona as gravações da JBS, Janot afirmou, em documento, que Temer e o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) agiram "em articulação" para impedir o avanço da Lava Jato. "Verifica-se que Aécio Neves, em articulação, dentre outros, com o presidente Michel Temer, tem buscado impedir que as investigações da Lava Jato avancem, seja por meio de medidas legislativas, seja por meio de controle de indicação de delegados de polícia que conduzirão os inquéritos", afirma Janot.

Aécio foi gravado pedindo R$ 2 milhões ao dono da JBS, Joesley Batista, para supostamente pagar advogados. O tucano tratou a propina como venda de apartamento. O parlamentar também sugeriu escolher delegados da Polícia Federal para estancar a Operação Lava Jato, na conversa com o empresário Joesley Batista, da JBS. O tucano também chama o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, de "bosta do caralho" (veja aqui).