Empresários avisam: consumidor é quem vai pagar pelo fim da desoneração
Representantes do empresariado já avisam que o fim da desoneração da folha de pagamento de 50 dos 56 setores beneficiados com o incentivo desde 2011, anunciado pelo governo Temer, deverá ser pago pelo consumidor. O presidente da FCDL-CE, Freitas Cordeiro, afirma que "tudo o que a empresa acrescentar na sua planilha de custos vai chegar ao consumidor"
Ceará 247 - O anúncio do governo Temer do fim da desoneração da folha de pagamento de 50 dos 56 setores anteriormente beneficiados com o incentivo, em vigor desde 2011, deverá ser pago pelo "pato" consumidor. A medida que deverá reforçar o caixa do governo em R$ 4,8 bilhões neste ano, vai entrar em vigor a partir de julho, por causa da regra que determina que qualquer aumento de contribuição só pode entrar em vigor 90 dias depois da publicação da lei no Diário Oficial da União.
Para o presidente da Federação do Comércio Lojista do Ceará (FCDL), Freitas Cordeiro, este foi o "presente" do governo, para os empresários e diz que o aumento da planilha de custos terá de ser repassado ao consumidor. "Estamos em um momento difícil, e o 'presente' do governo é esse. Vemos, paralelamente a isso, que o desvio de recursos acontece em valores bem superiores aos da arrecadação. Tudo o que a empresa acrescentar na sua planilha de custos vai chegar ao consumidor. Não tenha dúvida de que tudo fica impactado, (inclusive os empregos)".
O Coordenador do Núcleo de Economia e Estratégia da Fiec, Fernando Castelo Branco, reforça que o aumento dos custos será repassado ao consumidor, além de diminuir a competitividade das empresas. "O governo precisava fechar a previsão do exercício de 2017 e tinha que buscar isso. Entre aumentar imposto para todos e diminuir o benefício de alguns, foi melhor a segunda opção. Mas a indústria vai ter que repassar isso ao consumidor e diminuir a competitividade, incluindo setores que têm uma empregabilidade muito alta, como o calçadista, no Ceará".
A desoneração da folha de pagamento será mantida apenas para os setores de transporte rodoviário coletivo de passageiros, de transporte ferroviário e metroviário de passageiros, de construção civil e obras de infraestrutura e de comunicação. "São setores altamente dependentes de mão de obra e vitais para a preservação da recuperação do emprego no País prevista para este ano", declarou Meirelles.
Com informações do FCDL
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: