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Encontro entre Cid e Kassab não preocupa PSB

O encontro que o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB) terá com o presidente do PSD, o ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, não parece preocupar a legenda socialista. Fontes do partido informaram ao PE247 que esperam que CID cumpra o compromisso, assumido publicamente pelo gestor cearense, de acompanhar o partido em qualquer decisão referente as eleições 2014. Cid é uma das poucas vozes contrárias dentro do PSB a ao lançamento de uma candidatura própria. A possibilidade do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, deixar o partido e se filiar ao PT também é refutada pela cúpula socialista

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Paulo Emílio_PE247 - O encontro que o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB) terá nesta quinta-feira (25) com o presidente do PSD, o ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, não parece preocupar a legenda socialista. Fontes do partido informaram ao PE247 que esperam que o correligionário cumpra o compromisso, assumido publicamente pelo gestor cearense, de acompanhar o partido em qualquer decisão referente às eleições 2014. Cid é uma das poucas vozes dentro do PSB a se manifestar de forma contrária a uma candidatura própria, encabeçada pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Cid defende abertamente o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). A possibilidade do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, deixar o partido e se filiar ao PT também é refutada pela cúpula socialista.

“Ele (Kassab) está fazendo o papel dele. Já o Cid Gomes é um membro da direção do PSB e como todo filiado ele pode expor suas opiniões. Isso é democrático. Mas o PSB acredita que ele vai cumprir o que disse quando afirmou que irá acompanhar a decisão tomada pelo partido. E esta decisão será tomada em 2014. Cid já foi derrotado em outras discussões do partido e sempre acatou o resultado. Porque seria diferente agora, ainda mais depois dele afirmar publicamente que aceitaria a decisão tomada pelo partido?”, questionou um interlocutor do PSB em reserva ao PE247.

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A insatisfação do Clã Gomes em torno da possibilidade da candidatura presidencial de Eduardo Campos é bastante conhecida. A rusga entre os Gomes e a direção do PSB teve início em 2006, quando, Ciro renunciou ao ministério para concorrer ao cargo de deputado federal pelo partido. A decisão teve como base a chamada cláusula de barreiras, que limava as legendas que não tivessem 5% de votos em nível nacional.

Ciro foi eleito com 16% dos votos, se tornando o deputado proporcionalmente mais bem votado do Brasil. Acabou apontado como o responsável, não somente por salvar o PSB, mas também por impulsionar o partido em outras regiões. No mesmo pleito, Cid Gomes venceu a disputa pelo Governo do Ceará. Em 2009, o PSB ensaiou lançar Ciro ao Governo de São Paulo para o pleito 2010 como forma de barrar a hegemonia do PSDB no Estado.

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Na época, ele defendia que o partido não deveria apoiar a indicada de Lula, Dilma Rousseff (PT) e que a legenda deveria se lançar na disputa presidencial, tendo ele próprio como “candidato natural”. Suas pretensões acabaram esvaziadas, em uma ação que teria contado até mesmo com a intervenção do próprio Lula, e o PSB permaneceu na base aliada. De salvador do partido ao isolamento de suas intenções é que teriam surgido as rusgas entre os Gomes e Eduardo Campos. A mágoa se tornou ainda mais visível nas últimas eleições municipais quando nem os Gomes pediram que Eduardo fosse prestar apoio a candidatura do socialista Roberto Claudio, que disputou a Prefeitura de Fortaleza, e nem Eduardo se movimentou nesta direção.  O fato do nome de Campos também ter ganhado corpo como possível presidenciável em 2014 elevaram a temperatura entre eles.

Nesta semana, Cid conseguiu aprovar um ofício, junto ao diretório do PSB cearense, que é controlado pelo seu chefe de gabinete, Almicir Pinto, solicitando uma reunião do Diretório Nacional para que o mesmo se posicione de forma clara se a legenda terá ou não candidato próprio à Presidência em 2014, algo que ainda não foi confirmado oficialmente nem pelo Partido e nem por Eduardo Campos. O troco veio rápido. O líder do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg (DF), do alto da tribuna, passou uma descompostura no correligionário. ”Quero registrar que a forma exagerada, extemporânea, diante de crítica inclusive ao PSB tem deixado, incomodados, constrangidos, irritados, até mesmo aqueles que dentro do partido admitem apoiar a presidente Dilma”, disparou.

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Mais sereno, Campos se pronunciou sobre o assunto somente nesta quarta-feira (24). O governador observou que, com base no estatuto do PSB, este tipo de discussão é travada apenas no ano das eleições, o que empurra um posicionamento definitivo e de forma oficial para 2014. Ao evocar o estatuto, Campos também tenta colocar um ponto final nas pretensões de Cid em querer forçar a decisão do partido se permanecerá ou não na base aliada do governo Dilma.

Com a insatisfação crescente, o encontro de Cid e Kassab pode ser visto como uma espécie de sinalização de que o socialista deseja trocar de partido, algo que não interessa ao PSB, uma vez que a legenda poderia rachar e prejudicar o desempenho de Campos e do próprio PSB no Nordeste, Região onde detém o seu maior capital eleitoral.

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Um outro ponto de preocupação seria o assédio que o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, estaria sofrendo para deixar o PSB e ingressar nos quadros do PT. Bezerra também é favorável a manutenção da aliança histórica entre as siglas e espera suceder Campos no Palácio do Campo das Princesas. Como Campos parece disposto a manter a sua candidatura rumo ao Planalto e ainda não se pronunciou sobre a sucessão estadual,  o PT estaria tentando cooptar FBC com a promessa de apoiar as suas pretensões. Tanto FBC, como o PT e o PSB negam esta situação.

“Isto não existe. Não é o que o ministro diz ao partido. Fernando afirma que permanece no PSB e nós acreditamos nele. Não tem porque dar crédito a especulações e comentários feitos por quem tem interesse em causar celeuma e nos trata como adversário”, disse a fonte ao PE247.

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