HOME > Geral

Endividada, Cemig pode vender até 20% dos ativos

Com uma dívida de R$ 11,9 bilhões, sendo R$ 3,9 bilhões para pagar ainda em 2016, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) pode colocar à venda até de 20% dos seus ativos; entre os ativos que entrarão no balcão de negócios estão a Gasmig e a Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa), com valor estimado em mais de R$ 500 milhões, a Cemig Telecom, a Renova, a Axxiom (TI) e a Ativas (data center)  

Com uma dívida de R$ 11,9 bilhões, sendo R$ 3,9 bilhões para pagar ainda em 2016, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) pode colocar à venda até de 20% dos seus ativos; entre os ativos que entrarão no balcão de negócios estão a Gasmig e a Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa), com valor estimado em mais de R$ 500 milhões, a Cemig Telecom, a Renova, a Axxiom (TI) e a Ativas (data center)   (Foto: Leonardo Lucena)

Minas 247 - Com uma dívida de R$ 11,9 bilhões, sendo R$ 3,9 bilhões para pagar ainda em 2016, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) pode colocar à venda até de 20% dos seus ativos. Entre os ativos que entrarão no balcão de negócios estão a Gasmig e a Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa), com valor estimado em mais de R$ 500 milhões, a Cemig Telecom, a Renova, a Axxiom (TI) e a Ativas (data center).

De acordo com o presidente da companhia, Mauro Borges, não entram no plano de desinvestimento as atividades principais como distribuição, transmissão e geração de energia não entram no plano de desinvestimento. Todo o resto pode ser vendido parcial ou totalmente.

“Do ponto de vista de geração de caixa, as atividades centrais da Cemig representam 80%. Nos outros 20%, a empresa é rica de ativos e nós temos o privilégio de poder usá-los para reduzir o endividamento, seja por meio de venda, ou trazendo um novo investidor”, afirmou ele durante entrevista ao jornal O Tempo. “Quando conseguimos operar com um custo menor, a agência reguladora reconhece a eficiência e repassa para tarifas, pois conseguiremos entregar um serviço de melhor qualidade e menor preço”, disse.

A temporada de vendas vai substituir um período de intensas aquisições. De 2008 a 2014, a Cemig investiu cerca de R$ 8,7 bilhões na compra de ativos e participações como Renova, Taesa e hidrelétricas como Santo Antônio e Belo Monte. Segundo Borges, o retorno não foi alto.

O presidente da companhia informou que, no caso da Light, apenas 19,55% estão à venda. Essa fatia não é a da Cemig, mas de um fundo de investidores composto pelo Santander, Banco do Brasil, BTG Pactual e Votorantim, que não quer mais participar do controle.

“A Cemig não está vendendo a participação dela na Light porque é um ativo muito valioso e faz parte da nossa atividade central, com a distribuição do Rio de Janeiro, segunda maior cidade do país. Estamos apenas trazendo um novo sócio para substituir o fundo”, afirmou Borges.

Os bancos têm até o fim de 2017 para sair do negócio. “Ainda não temos um mandatário, mas, como em qualquer negócio, é normal contratar um banco com grande experiência em aquisições para apresentar o ativo aos investidores”, complementou.