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Enfizema. O flagelo dos fumantes

O enfizema pulmonar - mais conhecido em certos países com o "doença pulmonar crônica obstrutiva (DPCO)", destrói os pulmões insidiosamente e afeta de 5 a 10 % dos adultos com mais de 45 anos de idade, sobretudo os tabagistas. Mas o diagnóstico é muitas vezes tardio, especialmente para as mulheres. Muitos sofrem da doença sem sabe-lo. 

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Por Damien Mascret – Le Figaro Santé

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Trata-se de uma doença respiratória da qual se fala pouco e que ainda mata cinco vezes mais que os acidentes rodoviários. O enfizema - doença pulmonar crônica obstrutiva (DPCO) - afeta 3,5 milhões de pessoas na França, das quais um milhão um milhão tem sintomas e pouco menos de um quarto desse número apresenta formas graves da doença."O tabaco é sinônimo de 60 mil mortes por ano na França, o álcool 45 mil, a DPCO 17.500 e a estrada, 3500. É preciso hierarquizar!", diz um veterano da saúde pública que não tem medo de insistir, o senador Charles Descours.

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É verdade que a DPCO é notoriamente ausente das medidas da saúde pública. Mais recentemente, na França e em outros países europeus, as iniciativas visam mais especificamente sensibilizar cada um de nós sobre esta doença, especialmente os fumantes ou ex-fumantes que constituem 80 % dos pacientes. Pois dois indivíduos afetados, a cada três, ignoram que estão afetados e que seus pulmões estão sendo destruídos de forma gradual. A metade está numa fase leve e mais de um terço, em estágio moderado da doença.

Um diagnóstico mais difícil em mulheres

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Para confirmar o diagnóstico, é preciso realizar medições da respiração (função pulmonar) com um pneumologista. Há cerca de quinze anos, pesquisadores canadenses da Universidade de Toronto tinham testado quase 200 clínicos gerais. Eles perguntaram em qual diagnóstico os médicos pensavam em primeiro lugar em relação a um ex-fumante (1 maço por dia durante quarenta anos) que, há quatro anos, queixava-se de tosse ao acordar (com deterioração episódica da mesma durante infecções respiratórias), além da falta de ar durante esforços moderados. 58 % informaram  pensar imediatamente na DPCO, o que não é tão ruim, mas foram apenas 42%, quando o mesmo perfil era sobre mulheres, o que é péssimo

No entanto, atualmente sabemos que os pulmões das mulheres são muito mais vulneráveis ao tabaco do que os pulmões dos homens. «As mulheres que fumam ficarão ofegantes e os brônquios e pulmões envelhecerão mais rapidamente », explica a Dra. Élisabeth Biron, pneumologista em Lyon.

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A história de Sylviane é emblemática. Ela fuma há quase cinquenta anos e sofre de vários sintomas pulmonares há quinze anos: «Eu reclamei de falta de ar e tosse, mas me diziam que era asma, bronquite, insuficiência respiratória», ela diz hoje. A DPCO só foi diagnosticada (em estágio grave!) no início deste ano.

Esquecemos de medir a respiração

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"Para muitos médicos, a DPCO é uma doença de homens, reconhece o Prof. Bruno Housset, presidente da Sociedade de pneumologia de língua francesa (SPLF). É verdade que ela se apresenta de forma diferente nas mulheres: elas se queixam mais de cansaço, de falta de fôlego". Sinais que deveriam levar uma mulher, fumante ou tendo sido profissionalmente exposta aos tóxicos (têxteis, produtos domésticos...) a medir sua respiração.

Para a Prof. Chantal Raherison, pneumologista em Bordeaux e presidente do grupo "Mulheres e Pulmão" da SPLF, "o problema da DPCO das mulheres é amplamente desconhecido. Pesamos, medimos, verificamos a pressão arterial mas esquecemos de medir a respiração!", lamenta. Uma perda de tempo sobre o tratamento que, se não permite a cura, permite pelo menos limitar os danos causados pela doença.

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"Não é mais aceitável que a DPCO não seja mencionada nos discursos públicos sobre os malefícios do tabagismo", adverte o Dr Frédéric Le Guillou, presidente da Associação BPCO. O Ministério da Saúde da França até agora não deu ouvidos a esses apelos.

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