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Época destaca escândalo do Igeprev; desvios podem chegar a R$ 1 bilhão

Reportagem da revista Época sobre o esquema de desvio de dinheiro do instituto de previdência do estado destalha as aplicações financeiras entre 2011 e 2014, feitas para não dar lucro ao Igeprev; como o caso do investimento de R$ 13 milhões no fundo Viaja Brasil, que tinha como um dos principais investidores o doleiro Alberto Youssef, preso pela Operação Lava Jato; três ex-presidentes do instituto já respondem pelas irregularidades na Justiça; além disso, também são réus em todas as ações e tiveram bens bloqueados nas oito liminares o ex-presidente do Conselho de Administração do Igeprev e atual deputado estadual José Eduardo Siqueira Campos (PTB)

Reportagem da revista Época sobre o esquema de desvio de dinheiro do instituto de previdência do estado destalha as aplicações financeiras entre 2011 e 2014, feitas para não dar lucro ao Igeprev; como o caso do investimento de R$ 13 milhões no fundo Viaja Brasil, que tinha como um dos principais investidores o doleiro Alberto Youssef, preso pela Operação Lava Jato; três ex-presidentes do instituto já respondem pelas irregularidades na Justiça; além disso, também são réus em todas as ações e tiveram bens bloqueados nas oito liminares o ex-presidente do Conselho de Administração do Igeprev e atual deputado estadual José Eduardo Siqueira Campos (PTB) (Foto: Aquiles Lins)
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Tocantins 247 - Revista Época, da Globo, deu destaque em reportagem nessa segunda-feira, 1º, às investigações da Polícia Federal sobre o esquema de desvios de dinheiro do Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins (Igeprev) por meio de aplicações em fundos sem liquidez. Entre 2011 e 2014, o esquema pode ter gerado prejuízo de R$ 1 bilhão ao fundo dos aposentados do estado.

Conforme apurou a revista, junto ao Ministério Público do Tocantins, já foram "bloqueados R$ 250,8 milhões em bens de ex-gestores e empresas, responsáveis pela aplicação de recursos da previdência em fundos irregulares". As investigações são fruto da Operação Miqueias, da Policia Federal, deflagrada em 2013, em que apura o esquema usado por políticos e empresários para ocultar dinheiro de corrupção.

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A reportagem mostra também a sindicância interna do Igeprev, que "revela que o Instituto fez investimentos nos fundos sem qualquer análise de risco e fora dos limites permitidos por lei, além da concentração de recursos em fundos do mesmo grupo econômico, a BFG Porcão". Nos exercícios financeiros de 2011 a 2014, os gestores movimentaram os ativos de toda a Carteira de Investimentos dos recursos do Igeprev-TO, que representaram R$ 3.350.554.087,93.

O documento aponta que 34 fundos eram irregulares. Dentre eles, seis eram fundos de investimento alvo das investigações que levaram a PF a deflagar a Operação Miquéias em 2013: Adinvest Top, FI Diferencial, Fidc Trendbank Fomento Multisetorial, Vitória Régia, Patriarca Private. Três ex-presidentes do Instituto já respondem pelas irregularidades na Justiça. Também são réus em todas as ações e tiveram bens bloqueados nas oito liminares o ex-presidente do Conselho de Administração do Igeprev e atual deputado estadual José Eduardo Siqueira Campos (PTB), filho do ex-governador Siqueira Campos.

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O relatório também detalha os investimentos do Igeprev no fundo Viaja Brasil, que tinha como um dos principais investidores o doleiro Alberto Youssef, preso pela Operação Lava Jato. Juntos, os dois investidores respondiam por 85,4% do capital votante. Em 2013, o Igeprev investiu 13 milhões de reais no fundo. "Em síntese, tudo indica que os 13 milhões de reais, livres e disponíveis no caixa do Igeprev-TO, foram retirados pelos gestores a época e alocados a esse fundo, não com a finalidade de dar rentabilidade ao investidor, no caso o Igeprev, mas sim com o intuito de favorecer outros interesses, visto que não há registro de nenhuma prática cuidadosa que poderia ter mitigado o risco".

A Comissão de Sindicância comprovou que "os então gestores compraram e venderam títulos públicos com os piores preços do dia, ou seja, comprando pelo valor maior do mercado e vendendo pelo menor do mercado, o que sugere conduta ilícita no intuito de obtenção de vantagem própria ou para terceiro". No total, o MPE já ajuizou 10 ações civis públicas, que visam penalizar os responsáveis pelos investimentos e ressarcir aos cofres públicos.

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