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      Escola em SP proíbe calça legging: “os meninos ficam atacados”

      De acordo com a diretora da escola, Alessandra Siqueira, a vestimenta foi proibida por “questão de decência”; “Depois os meninos ficam atacados, passam a mão ou acontece alguma coisa, aí elas vêm reclamar conosco", argumentou; a medida tomada na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Ângelo Raphael Pellegrino, de São Caetano do Sul, divide as opiniões de pais e de especialistas em pedagogia

      De acordo com a diretora da escola, Alessandra Siqueira, a vestimenta foi proibida por “questão de decência”; “Depois os meninos ficam atacados, passam a mão ou acontece alguma coisa, aí elas vêm reclamar conosco", argumentou; a medida tomada na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Ângelo Raphael Pellegrino, de São Caetano do Sul, divide as opiniões de pais e de especialistas em pedagogia (Foto: Charles Nisz)
      Charles Nisz avatar
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      Revista Fórum - De acordo com uma circular enviada aos pais de alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Ângelo Raphael Pellegrino, de São Caetano do Sul, na Grande SP, na última segunda-feira (28), as alunas estão proibidas de usar calça legging dentro das dependências da unidade.

      De acordo com a diretora da escola, Alessandra Siqueira, a vestimenta foi proibida por “questão de decência”. “Depois os meninos ficam atacados, passam a mão ou acontece alguma coisa, aí elas vêm reclamar conosco. Pedimos calças jeans e nada justo”, disse a diretora.

      Segundo o comunicado enviado para os pais, a vestimenta também foi banida das aulas de Educação Física. Neste caso, as alunas podem utilizar calça de moletom. Apesar do uso de uniforme ser obrigatório nas escolas da rede municipal, a diretora da Pellegrino afirmou que não exige o traje, já que a prefeitura ainda não o providenciou.

      “As meninas vêm com calça justa e blusinha curta. Limitamos pelo motivo de preservá-las. Dentro da escola temos alunos que mexem. Eles são adolescentes”, declarou a diretora.

      Mãe de uma estudante da Pellegrino, Flávia Lima não concorda com a medida imposta pela direção da escola. “Eu acho ridículo. Vir de calça legging não demonstra nada. Ela não está se oferecendo por causa disso”.

      Já para a mãe de outra aluna da EMEF, Vera Tavares da Silva, 42, a proibição é válida. “Chama muita atenção dos meninos. Acho que devia proibir mesmo. Tem legging que é muito apertada e querendo ou não isso tira a atenção dos alunos.”

      Coordenadora do curso de Pedagogia da Universidade Metodista de São Paulo, Maria José Russo diz que entende o lado da diretora, mas acredita que essa não foi a melhor atitude a ser tomada. “Proibir tira a oportunidade de ter uma conversa democrática e aberta para a questão. É um direito das alunas se vestirem como elas quiserem. Se minha preocupação é com os alunos, eu tenho que dialogar para que todos respeitem.”

      Em nota oficial, a Secretaria de Educação de São Caetano informou que “a orientação de não usar calça legging não parte desta secretaria, no entanto, o diretor de cada unidade tem autonomia para adotar medidas que julgar necessárias em sua rotina escolar”.

      *Reportagem produzida por alunos de jornalismo da Universidade Metodista de SP

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