Espanha me deu tudo que tenho, afirma Diego Costa
Atacante do Atlético de Madri, que assinou uma carta declarando estar à disposição do técnico da Espanha, Vicente del Bosque, afirmou nesta quarta-feira que "foi uma decisão muito complicada", mas que "tudo que conquistei na vida, tudo me foi dado por este país (Espanha)"; resposta motivou reação dura de Felipão, que o havia convocado para jogar pela seleção brasileira
MADRI, 30 Out (Reuters) - Diego Costa afirmou nesta quarta-feira que decidiu recusar o Brasil e jogar pela seleção da Espanha porque tudo que conquistou na carreira foi devido ao país europeu.
O atacante do Atlético de Madri, artilheiro do Campeonato Espanhol nesta temporada, assinou uma carta na terça-feira declarando estar à disposição do técnico da Espanha, Vicente del Bosque, o que motivou uma reação dura do treinador da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari.
"Foi uma decisão muito complicada, mas tudo que conquistei na vida, tudo me foi dado por este país (Espanha)", disse o jogador ao site da federação espanhola de futebol.
"Me sinto extremamente valorizado aqui por tudo que faço, pelo trabalho que faço diariamente, e sinto o carinho das pessoas", acrescentou o jogador, de 25 anos.
"Fui uma decisão muito pensada, e espero que as pessoas a respeitem e entendam que não é uma rejeição ao Brasil."
Diego Costa anunciou a decisão de jogar pela Espanha em vez do Brasil após ter sido convocado pelo técnico Felipão para os amistosos da seleção brasileira contra Chile e Honduras, no mês que vem.
Felipão desconvocou o jogador após o anúncio, alegando que "um jogador brasileiro que se recusa a vestir a camisa da seleção brasileira e a disputar uma Copa do Mundo no seu país... está dando as costas para um sonho de milhões."
Ele já havia disputado dois amistosos este ano pela seleção brasileira, mas está liberado para jogar pela Espanha pois nunca disputou uma partida competitiva oficial pelo Brasil.
Apesar da reação de Felipão, o atacante disse que jogar pela Espanha é "uma honra para qualquer jogador".
"Se eu jogar só 5, 10 ou 15 minutos, o que seja, vou dar meu máximo, porque sempre fiz assim em todos os times que estive", acrescentou.
(Reportagem de Iain Rogers)
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