Estádio do Timão também está superfaturado
Depois do Maracan,que j est sendo investigado, o Itaquero, em So Paulo, tambm tem sobrepreo; construtora Serpal, de Juan Quirs, prope custo R$ 400 milhes abaixo do apresentado pela Odebrecht
Marcio Kroehn_247 – Os problemas com a construção dos estádios para a Copa do Mundo não param. Hoje, o grupo Advento, dona da construtora Serpal, informa que conseguiria construir o estádio do Corinthians, em Itaquera, por R$ 600 milhões. O valor chama a atenção por ser R$ 400 milhões mais barato do que a proposta da Odebrecht, responsável pelas obras desde 31 de agosto do ano passado. O Itaquerão é mais um estádio a entrar para a lista do superfaturamento. O Maracanã está com o mesmo problema e já foi motivo de investigação do Ministério Público. Do orçamento inicial, o estádio carioca subiu sua previsão de gastos em quase 70%, de R$ 600 milhões para R$ 1 bilhão.
São Paulo e Rio de Janeiro, porém, não são os únicos dessa lista de suspeitos de alavancar os preços da obra. A confusa preparação brasileira para o torneio mundial já levou oito dos 12 estádios da Copa do Mundo à lista de suspeitas. Natal, Cuiabá, Manaus e Brasília estão sendo investigados. Salvador e Minas Gerais, com o Mineirão, precisam explicar o salto exorbitante nas suas obras locais. Para erguer a Arena Fonte Nova, os cofres da Bahia vão gastar três vezes mais do que a previsão de R$ 592 milhões. Para os mineiros, o custo subiu 74% para R$ 743 milhões. O Tribunal de Contas da União tem cobrado explicações dos responsáveis. E indicado que não seja colocado dinheiro público além do que foi previsto inicialmente.
É justamente esse bloqueio dos recursos públicos que paralisou o início dos trabalhos em Itaquera, na zona leste de São Paulo. A Odebrecht dizia que as constantes modificações no estádio corintiano, atendendo aos pedido da Fifa, provocaram o aumento dos custos – houve o pedido, por exemplo, da ampliação de 48 mil para 68 mil lugares. Agora, Juan Quirós, dono do Grupo Advento, coloca lenha na fogueira e afirma ser possível manter todas as exigências com o mesmo orçamento. “O preço de R$ 600 milhões pode variar 10% para mais ou para menos”, diz ele.
O clube paulista ainda não se pronunciou sobre o caso. A Odebrecht afirma que tem um contrato assinado com o Corinthians e dará prosseguimento ao que está no acordo.
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