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Estado deixa de criar 13,5 mil empregos sem Jac

Empesa afirma que alta do IPI para importados tornou projeto inviável; governador Jaques Wagner se reúne nesta terça com presidente Dilma para tentar maior redução do imposto

Estado deixa de criar 13,5 mil empregos sem Jac (Foto: Divulgação)
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Bahia 247 com G1 Bahia

A suspensão da implantação da Jac Motors na Bahia, anunciada nesta segunda-feira (30), afeta a geração de cerca de 3,5 mil empregos diretos e 10 mil indiretos, segundo o Governo da Bahia. Para a suspensão da fábrica, cujo investimento era estimado em R$ 900 milhões, a montadora justificou a inviabilidade causada pelo aumento de 30 pontos percentuais no Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros importados e a alta do dólar. O projeto seria instalado no Polo Industrial de Camaçari, região metropolitana de Salvador.

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O governador Jaques Wagner se reunirá com a presidente Dilma Rousseff, em Brasília, na terça-feira (31), para tratar do decreto que prevê a redução do IPI para a importação de veículos pelas montadoras. "Eu tenho certeza que o decreto sai. Não vejo nenhum risco de não ocorrer", afirmou o governador. Os carros importados pela Jac Motors pagam IPI de 36,5%, enquanto os modelos populares nacionais pagam 6,5%, de acordo com a Secretaria de Comunicação da Bahia.

O projeto de implantação da empresa ainda estava em fase inicial, com o início da terraplanagem previsto para setembro de 2012. O G1 entrou em contato com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) para comentar o assunto, mas ninguém atendeu ao telefonema.

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Nova quebra de acordo

Esta é a segunda vez que a Jac suspende o projeto de fábrica no país. Em setembro de 2011, logo que o governo anunciou a alta do IPI para importados, o empresário brasileiro Sergio Habib, responsável pela marca no Brasil, afirmou que os planos de construir a fábrica estavam mantidos. Dias depois, anunciou que o planejamento estava suspenso. Contudo, em novembro, a empresa voltou a confirmar a fábrica e chegou a anunciar quatro modelos que seriam fabricados na planta.

Entre as metas da Jac na fase inicial, estavam a fabricação de 120 mil unidades anuais, em dois turnos, e contratação 3,5 mil pessoas diretamente. Segundo a Jac, a empresa aguardava a liberação das licenças ambientais para iniciar a obra.

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Novo regime automotivo

A Jac cobra um decreto com a regulamentação do novo regime automotivo, previsto no plano do governo chamado de Brasil Maior, anunciado em abril passado. Na ocasião, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, afirmou que as novas regras começam a ser aplicadas em 2013 e terminariam em 2017. Entre elas, está a previsão de que as montadoras que venham a se instalar no Brasil sigam regras mais brandas, de transição.

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Até o fim deste ano, continuam valendo as normas que foram definidas em 2011 -e que passaram a valer em dezembro-, que determinam um aumento de 30 pontos percentuais no IPI para carros importados de fora do Mercosul e do México, e para nacionais que não tenham, pelo menos, 65% de conteúdo regional.

Para montadoras que quiserem se instalar no país ou que desejem se habilitar ao novo regime e ter direito ao desconto no IPI, por exemplo, haverá regras de transição. Segundo o ministro do Desenvolvimento, para se enquadrar, a empresa terá de apresentar projetos de novos modelos.

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Durante a construção da fábrica, a empresa continuará pagando o IPI com aumento de 30 pontos percentuais, mas esse valor vai gerar um "crédito tributário" para a utilização após o início da produção. A formação deste crédito, informou o governo, em abril passado, será limitada a 50% da capacidade de produção prevista no projeto aprovado.

Essas montadoras terão até 3 anos para se adequar às exigências feitas àquelas que fabricam veículos aqui. O ministro afirmou que, além do crédito no IPI pago durante a construção da planta, haverá uma cota de importações para as empresas que se instalarem no Brasil, sem dar mais detalhes.

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Outras fábricas

A também chinesa Chery constrói sua primeira fábrica no Brasil (em Jacareí, SP), assim como a sul-coreana Hyundai (Piracicaba, SP), que até então atuava somente em conjunto com o Grupo Caoa, que importa modelos da marca e monta em GO o Tucson e o comercial leve HR. Junto à Jac, essas marcas figuram entre as que mais vendem carros importados de fora do México e do Mercosul.

Diferente da Jac, as construções das plantas da Hyundai e da Chery já avançaram. A da Hyundai, na verdade, foi concluída e está atualmente na fase de testes de produção, que vai começar em setembro. O primeiro carro totalmente produzido no Brasil (da estamparia à montagem), o hatch HB20, será lançado em outubro. A Chery prevê o início da produção para dezembro de 2013.

Os objetivos do novo regime automotivo, segundo o governo, são aumentar o conteúdo regional medido pelo volume de aquisições de peças e insumos estratégicos, assegurar investimentos em inovação, aumentar o valor de gastos em engenharia e tecnologia industrial básica, e aumentar a eficiência energética dos veículos.

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