Estiagem já tem reflexos no prato do Nordestino
Seca que atinge o Nordeste nos últimos meses está impactando os produtos comercializados nas principais cidades da região; milho, feijão e carne bovina são os mais prejudicados; prejuízo já chega a R$ 140 milhões apenas em Pernambuco
Raphael Coutinho _PE247 – Os reflexos da estiagem que atinge a região do Semi-Árido nordestino já podem ser observados também nas capitais. Com a situação de dificuldade enfrentada pelos produtores rurais, os preços dos alimentos estão disparando nos últimos dias. Na Ceasa do Recife, o maior centro de abastecimento dde Pernambuco, a queda na produção atinge principalmente o milho verde, um dos alimentos mais consumidos a partir do mês de maio até o período junino.
No Estado, a falta de chuvas provocou a perda de 370 mil toneladas de grãos segundo o próprio Governo. Em valores, é estimado que o problema da seca tenha gerado, até então, um prejuízo de R$ 140 milhões. O valor de alguns produtos já está 100% mais caro em relação ao mesmo período do ano passado. O valor médio de uma “mão de milho”, com 50 espigas, echega a R$ 15,00. Em 2011, o valor variava entre R$ 8,00 e R$ 10,00 segundo os próprios comerciantes. Já o feijão, em alguns lugares, está custando mais que o dobro. O quilo era comercializado no ano passado por cerca de R$ 3,00 e atualmente está custando até R$ 6,20.
A Secretaria Estadual de Agricultura autorizou a distribuição imediata de 1,3 mil toneladas de sementes de milho para o plantio da cultura no Agreste, cujo ciclo de chuva segue até final de junho. Também foi autorizada a execução da aração mecanizada de 43 mil hectares de terra para o plantio do milho que será destinado à alimentação animal.
Na produção de carne bovina também não é diferente. De acordo com a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro) houve um aumento de mais de 100% no abate de bovinos, nos três primeiros meses de 2012 em relação ao mesmo período de 2011. Foram abatidas 30 mil cabeças de gado em 2011 e neste ano o número já superou os 62 mil. A explicação para o crescimenot está no temos dos produtores de que falte alimentação para os animais ao longo do ano.
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