Euza Missano: "Huse é a solução para todos os problemas"
A promotora dos Direitos da Saúde aponta problemas de superlotação, falta de medicamento e sobrecarga de trabalho no maior hospital público do Estado, o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), mas enxerga na unidade um "hospital que tem resolutividade; " tenho profissionais trabalhando no Huse que têm uma capacidade fantástica e que muitas vezes não atendem na rede privada e que estão lá. Temos um serviço muito especializado, um corpo de enfermagem muito bom, equipamentos muito bons, mas é um hospital que vive superlotado e enquanto não conseguirmos ativar uma rede de regulação centrada, a gente vai continuar, sim, chorando pelo Huse", afirma, em entrevista ao Jornal da Cidade
Sergipe 247 – A promotora dos Direitos da Saúde, Euza Missano, em extensa entrevista ao Jornal da Cidade, publicada na edição de domingo/segunda (9 e 10 de junho), faz uma avaliação bem interessante da importância do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). Embora instada a falar a partir de um questionamento direcionado aos aspectos negativos (“O Huse ainda é um motivo de choro?”), ela reconheceu as dificuldades da unidade, embora tenha dito que o “Huse é a solução para todos os problemas”.
“Fizemos recentemente uma visita junto ao Ministério Público Federal e temos o registro fotográfico, por exemplo, num boxe de uma ala vermelha, onde deveria caber um, estão dois, onde cabem dois estão quatro, então, na Saúde, na assistência à saúde é difícil enxergar essa realidade, é difícil observar uma paciente que precisa de um antibiótico e não usar porque na farmácia do hospital não há o medicamento para ser dispensado. Infelizmente o que podemos observar hoje é que a superlotação persiste por falta de programação da rede como um todo. Esses pacientes têm que se diluídos na rede. O Huse hoje é um grande solucionador de problemas, é, na verdade, um hospital que tem resolutividade”, disse.
Segundo a promotora, o Huse tem os melhores profissionais. “Tenho profissionais trabalhando no Huse que têm uma capacidade fantástica e que muitas vezes não atendem na rede privada e que estão lá. Temos um serviço muito especializado, um corpo de enfermagem muito bom, equipamentos muito bons, mas é um hospital que vive superlotado e enquanto não conseguirmos ativar uma rede de regulação centrada, a gente vai continuar, sim, chorando pelo Huse”, ressaltou.
Euza Missano salientou que “o Huse vive em constante estresse, em constante crise por causa da sobrecarga com que trabalha”. “É um hospital de porta escancarada, não é nem mais de porta aberta. Ele deveria ser um hospital referenciado para atender somente pacientes politraumatizados, pacientes graves para cirurgias de alta complexidade, e não é isso que está acontecendo”, afirmou.
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