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Ex-global vê “coisas estranhas” no caso Carolina Dieckmann

Leila Cordeiro apresentava o Jornal da Globo com o marido Eliakim Araújo no fim dos anos 80 - eram o “Casal 20 do Jornalismo”. Agora, trabalhando nos EUA, ela faz uma análise polêmica sobre as fotos da atriz nua: “ Tudo muito espetacular, cheirando a superprodução de novela, não é mesmo?”

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Minas 247 - A jornalista e apresentadora de telejornais Leila Cordeiro, que trabalhou durante 12 anos na TV Globo, escreveu um artigo polêmico sobre o caso da atriz global Carolina Dieckmann, que teve fotos íntimas capturadas por hackers e distribuídas na internet. Sem afirmar categoricamente, Leila, que chegou a apresentar o Jornal da Globo por três anos juntamente com o marido Eliakim Araújo - a dupla ficou famosa como o “Casal 20 do Jornalismo” - sugere que o caso tem coisas estranhas. Em certo momento, chega a insinuar, ainda que bem indiretamente, que tudo pode ser uma armação: “Tudo muito espetacular, cheirando a superprodução de novela, não é mesmo?”

Leila Cordeiro é baiana e começou trabalhando, sempre na TV, como repórter, em Salvador. Depois, foi para a Globo, a extinta TV Manchete e o SBT. Em 1997, ela e o marido se mudaram para os Estados Unidos, onde apresentavam um jornal para a TV de Sílvio Santos.

Atualmente, Leila e Eliakim têm uma produtora de vídeos institucionais em Pembroke Pines, na Flórida. E um site de artigos e colunas, o Direto da Redação. Foi nesse site que ela escreveu o polêmico artigo sobre Carolina Dieckman.

Leia o artigo de Leila Cordeiro no Direto da Redação:

Gata escondida com rabo de fora

Ultimamente tenho tido a sensação de que a internet virou uma grande vitrine permissiva, um vasto espaço para exibicionistas e pessoas decadentes que querem a todo custo ter seus cinco minutos de fama, nem que tenham com isso que expor a própria reputação.

Não é de hoje que lemos notícias sobre “vazamento” de fotos e informações de “estrelas” que querem preservar sua “privacidade” culpando a web por seus desmandos e desvarios. Não bastassem as reclamações sobre os paparazzi que vivem “importunando” os chamados famosos e celebridades de ocasião que, sem querer, deixam escapar através de suas assessorias onde e com quem estarão numa determinada hora e lugar.

E tudo isso para preservar a privacidade! Ora, por favor, quem quer viver uma vida discreta sabe muito bem o que fazer e não ficar colocando na internet fotos íntimas nos twitters da vida como fez recentemente a apresentadora da Rede TV, Sonia Abrão que, do alto dos seus 50 e tantos anos, postou uma foto de maiô em frente ao espelho, apenas como “experiência” porque iria fazer um ensaio fotográfico profissional ou coisa parecida.

O fato é que os escândalos acontecem e as “vítimas” ingenuamente nunca sabem o porquê do vazamento e vão para a mídia dizer que se sentem  aviltadas e invadidas pela violência da internet, uma terra sem dono e sem lei, segundo as pretensas atingidas.

E foi assim com a mais nova “vítima inocente” ,  a atriz global Carolina Dickman que teve 36 fotos suas em poses sensuais, nua ou quase, divulgadas na web por um “chantagista”. A história, todo mundo já está careca de saber, pois tem sido o assunto do momento, mas faltaram algumas perguntas que não foram feitas ao Sr. Advogado que está cuidando de abafar o caso e rapidamente arranjou desculpas para o episódio da castigada nudez de sua cliente.

Por exemplo. Como uma pessoa famosa como Carolina Dickman, pretensamente bem informada,  não teve o cuidado de colocar as fotos num dispositivo de armazenamento de dados, antes de levar o computador para um conserto. Se ela não sabia como fazer isso, pelo menos o marido que é diretor de TV deveria  ter bastante intimidade com o equipamento para ajudar a esposa a manter sua privacidade intacta.

Além disso, se ela foi mesmo vítima de chantagem, porque esperou mais de um mês para denunciar à polícia ou vir a público para contar a história, em vez de recorrer à ajuda de “especialistas’ em segurança, como informou a coluna de hoje de Lauro Jardim, Radar Online, dizendo que : “O homem que tomou as rédeas da negociação paralela foi Rodrigo Pimentel, o comentarista de segurança da própria Globo e ex-policial do Bope que inspirou o personagem do capitão Nascimento do filme Tropa de Elite.” Tudo muito espetacular, cheirando a superprodução de novela, não é mesmo?

Diz ainda a nota que o tal Pimentel bem que tentou negociar com o chantagista mas não deu certo. Pelo visto, foi só mesmo no cinema que o Capitão Nascimento conseguiu se dar bem na luta contra os bandidos. O homem que inspirou o polêmico e famoso personagem deixou a desejar , até porque histórias de ficção policialescas são fáceis de serem resolvidas porque dependem só do roteiro do filme , na vida real até mesmo a polícia pode ser enganada pela vaidade e falta de responsabilidade das pessoas envolvidas numa “chantagem” de internet.

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