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Exclusivo: Petrobras opera sondas de risco elevado

Em relatrio de setembro de 2010,TCU de Jos Mcio (dir.)alerta para riscos de operao com a sonda SC Lancer abaixo de 5 mil metros; contrato com a Schahin Engenharia prev que responsabilidade por qualquer problema a essa profundidade da Petrobras, mesmo que falha no seja da estatal

Exclusivo: Petrobras opera sondas de risco elevado (Foto: Divulgação)

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Rodolfo Borges_247 – O vazamento do equivalente a pelo menos 3 mil barris de óleo da Chevron Brasil na Bacia de Campos, Rio de Janeiro, levantou mais uma vez o debate sobre os riscos da exploração marítima de petróleo em todo o mundo, e, em particular, no Brasil, devido à descoberta de petróleo na camada pré-sal. Diante da dificuldade para conter vazamentos, a melhor alternativa para evitar desastres naturais seria se precaver, e, pelo jeito, não é exatamente o que a Petrobras, principal exploradora de petróleo em território brasileiro, vem fazendo.

Relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) de setembro de 2010 alerta a Petrobras sobre o risco da operação de sondas abaixo de 5 mil metros. O documento destaca que o aditivo número 3 de contrato firmado entre a estatal e a Schahin Engenharia S.A. estabelece “condições para estender a utilização da sonda SC Lancer além do limite operacional contratual de 5.000 metros, fixando a responsabilidade total da Petrobras, por quaisquer problemas em operação a partir dessa profundidade”.

Segundo o TCU, “pelo exposto, apesar de a Schahin informar possuir capacidade dessa sonda operar até 6.096 metros, percebe-se que as operações com a SC Lancer em perfurações acima do limite de 5.000 metros são de risco elevado, pois a responsabilidade por problemas no poço, ‘mesmo que decorrentes de, ou relacionadas à eventual falha da Contratada’, são assumidas pela Petrobras”.

Não bastasse o alerta, o tribunal ressalta ainda o acidente que envolveu a British Petroleum (BP) no Golfo do México e foi “causado por um possível blow-out (explosão) na sonda de perfuração do tipo semissubmersível”, numa comparação com o procedimento utilizado pela Petrobras. É com base nesses dados que o TCU alerta: “cabe alertar a Petrobras que não exponha o meio-ambiente a riscos derivados da execução de serviços com a utilização de sondas, cujos limites operacionais sejam incompatíveis com a realização da atividade proposta”.

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