Executivo admite desvio de R$ 7 milhões em refinaria

Pernambuco 247 - O presidente do Conselho de Administração da Engevix, Cristiano Kok, admitiu em entrevista ao jornal Folha de São Paulo ter desviado R$ 7 milhões de um contrato que a empresa possuía junto a Refinaria Abreu e Lima, no Complexo Industrial e Portuário de Suape, em Pernambuco. O dinheiro seria repassado para o doleiro Alberto Youssef, na forma de prestações mensais de serviços para uma das empresas de fachada pertencentes ao doleiro preso na Operação Lava Jato da Policia Federal.

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"Foram R$ 6 milhões a R$ 7 milhões num contrato de R$ 700 milhões da refinaria Abreu e Lima, e mais uns R$ 3 milhões na refinaria de Cubatão. Pagamos em prestações mensais para três empresas do Alberto Youssef, como se fosse prestação de serviços", relatou Kok. O executivo disse não saber quem efetivamente teria recebido o dinheiro, mas afirmou saber que Youssef representava o PP, já que o doleiro teria sido indicado como contato pelo ex-deputado do partido, José Janene.

Kok também diz que a Petrobras costumava acrescentar uma série de itens ao projeto original que acabavam por encarecer o preço final da obra em questão. "Pediu granito no banheiro, no refeitório, um revestimento caríssimo nos 53 prédios da refinaria. Em Abreu e Lima, nosso contrato era de R$ 700 milhões, mas acabamos gastando R$ 1,1 bilhão por causa das exigências extras da Petrobras. Nos devem R$ 400 milhões", disparou.

"Os políticos aparelharam essa máquina com gestores incompetentes, para obter vantagens pessoais ou para seus partidos. A versão que tem sido divulgada é que a Petrobras foi assaltada por um bando de empreiteiras. A verdade é que os políticos aparelharam a Petrobras para arrancar dinheiro das empreiteiras", lamentou.