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    Fabiana Murer pode fazer história em Londres

    Aps um ano quase impecvel, a brasileira vai em busca da conquista indita nas Olimpadas

    Fabiana Murer pode fazer história em Londres (Foto: NILTON FUKUDA/AGÊNCIA ESTADO)

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    Cassius Oliveira _247 - Em 2011, Fabiana Murer mostrou mais uma vez por que é uma das principais atletas brasileiras. A paulista teve um começo de carreira tímido sem grandes holofotes, mas foi nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, que a saltadora começou a mostrar toda a sua habilidade no salto com vara. Na competição, ela quebrou o recorde sul americano com a marca de 4,60m. A partir daí, Fabiana foi considerada uma das saltadoras mais técnicas do circuito internacional. Um dos fatos que melhorou seu desempenho nas competições foi sua parceria com o técnico Vitaly Petrov, o mesmo que treina sua maior rival, a russa Yelena Isinbayeva, que já quebrou 20 vezes o recorde mundial e é a atual líder do ranking da Federação Internacional do Atletismo (Iaaf).

    Em sua primeira Olimpíada, em Pequim, Fabiana Murer foi surpreendida pelo pesadelo de qualquer trabalhador: não ter seu principal instrumento de trabalho. Uma das varas da saltadora sumiu momentos antes da segunda eliminatória. A fim de tentar acalmá-la, o técnico da delegação brasileira, Élson Miranda, a aconselhou a ir diretamente para o próximo desafio, que era saltar acima dos 4,65m. No entanto, a paulista não conseguiu deixar o nervosismo de lado e não atingiu a marca mesmo depois de três tentativas, dando adeus a Pequim mais cedo. Após a prova, seu equipamento apareceu junto com as varas de outras atletas eliminadas. Na época, a saltadora disparou diversas críticas contra a organização do evento. "Eles atrapalharam minha competição. É um absurdo perder um equipamento numa prova dessas. Nunca mais volto à China."

    A temporada de 2011 foi histórica para Fabiana Murer. Neste ano, a brasileira conseguiu unificar os títulos mundiais (indoor e outdoor), após conquistar o ouro no Mundial de Atletismo em Daegu, na Coreia do Sul, superando rivais como Svetlana Feofanova e sua amiga Yelena Isinbayeva. Fabiana teve como grande adversária pelo título a alemã Martina Strutz. A brasileira conseguiu superar a marca de 4,85m, igualando seu recorde pessoal, enquanto Martina tentou a mesma altura, mas falhou. Com a conquista em Daegu, Fabiana Murer tornou-se a primeira mulher brasileira a ganhar uma medalha de ouro em mundiais. "Agora é só felicidade, eu tive um ano difícil, não foi como eu esperava, esperava melhores resultados no começo do ano, mas eu estava determinada para o Mundial, sabia que aqui poderia ir bem e consegui saltar muito bem", disse Fabiana, emocionada, após a prova.

    O ano de Fabiana Murer poderia ser ainda melhor se não fosse a queda de rendimento nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Apesar de favoritíssima, ela perdeu o ouro para a cubana Yarisley Silva, em uma batalha de quase duas horas. Mas a paulista terminou o ano em alta ao faturar o prêmio Brasil Olímpico como melhor atleta do ano. A atleta é uma das principais favoritas para levar a medalha de ouro dos Jogos Olímpicos de Londres.

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