Fábio quer "mudanças profundas" no governo JB
Deputado federal Fábio Reis (PMDB) avalia que o governador Jackson Barreto (PMDB) “deverá fazer mudanças profundas na estrutura administrativa do Estado”; ele defende que JB “acabe com muitos cargos em comissão, reduza o número de secretarias, reduza custeio e melhore a eficiência da máquina pública”; já sobre a política nacional, quando questionado sobre a disputa pelo comando da Câmara, Reis declara apoio à candidatura de Eduardo Cunha (PMDB-RJ); ele diz ser contra um candidato do PT; “Se o PT viesse a indicar o presidente da Câmara, a Casa não teria uma interlocução saudável com a oposição”, diz
Valter Lima, do Sergipe 247 - O deputado federal reeleito Fábio Reis (PMDB), em entrevista ao Sergipe 247, avalia que o governador reeleito Jackson Barreto, de mesmo partido, “deverá fazer mudanças profundas na estrutura administrativa do Estado”. Ele defende que JB “acabe com muitos cargos em comissão, reduza o número de secretarias, reduza custeio e melhore a eficiência da máquina pública”. Já em relação à política nacional, quando questionado sobre a disputa pelo comando da Câmara, Reis declara apoio à candidatura de Eduardo Cunha. Ele diz ser contra um candidato do PT. “Se o PT viesse a indicar o presidente da Câmara, a Casa não teria uma interlocução saudável com a oposição”, diz. Confira a íntegra da entrevista:
Sergipe 247 – Na última semana, o senhor participou da reunião nacional do seu partido, com deputados, senadores e governadores. O que foi discutido?
Fábio Reis - A reunião com os integrantes do Conselho Nacional do PMDB tratou da reforma política. O partido se comprometeu a apresentar, até o início da próxima legislatura, uma proposta de reforma política, que será feita por um grupo de trabalho. A população participará ativamente deste processo, sendo ouvidos a sociedade civil, acadêmicos, especialistas, lideranças e diversos outros setores.
247 - O PMDB apoiará a candidatura de Eduardo Cunha a presidente da Câmara, mesmo sendo agora, por acordo dos líderes, a vez do PT presidir a Casa? O que o senhor defende?
FR - Em primeiro lugar, o acordo para o rodízio foi feito para esta legislatura, e não para a próxima. Em segundo lugar, com o acirramento político que hoje existe em nosso país, é necessário que haja um interlocutor que tenha credibilidade e independência para dialogar com a oposição. Se o PT viesse a indicar o presidente da Câmara, a Casa não teria uma interlocução saudável com a oposição. O PMDB, por meio de Eduardo Cunha, representa o governo da presidente Dilma e a independência da Câmara dos Deputados.
247 - Como se dará a relação do PMDB com o governo Dilma no novo mandato?
FR - Será uma relação saudável, com diálogo e parceria. Temos o vice-presidente eleito na chapa da presidente Dilma e o PMDB terá participação importante nas mudanças que o Brasil precisa e na formulação de políticas públicas que são de interesse da sociedade.
247 - Qual a expectativa do PMDB em relação ao governo Jackson Barreto?
FR - Esperamos que ele faça um governo histórico para Sergipe. O governador Jackson Barreto vem fechar um ciclo político de 40 anos e a conjuntura política hoje permite que ele faça as reformas que o Estado precisa, busque as parcerias e os investimentos junto ao Governo Federal – que deverá ser um parceiro importante para o governador - e que ele consiga, por meio do diálogo, do trabalho e da dedicação, construir uma maioria sólida na Assembleia Legislativa.
247 - O senhor chegou a conversar com o governador Jackson Barreto sobre a crise financeira que assola o Estado que levou ao atraso dos salários dos servidores?
FR - Esta é uma grande preocupação do governador Jackson Barreto. As receitas oriundas do Fundo de Participação do Estado têm caído de forma significativa e o grande gargalo do governo está no aumento preocupante do déficit previdenciário. O Estado saiu de um déficit de 20 milhões para um déficit de 700 milhões. Isso implica diretamente na capacidade de investimento e de custeio que o Estado tem. Para honrar seus compromissos com salários de servidores, o Estado teve que lançar mão de antecipação de royalties, o que é preocupante. Acho que Jackson Barreto deverá fazer mudanças profundas na estrutura administrativa do Estado, deverá acabar com muitos cargos em comissão, reduzir o número de secretarias, reduzir custeio e melhorar a eficiência da máquina pública.
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