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      Familiares de vítimas da Kiss pedem criação de lei

      Foi sugerida à Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado a criação de lei nacional sobre prevenção e combate a incêndios e uma diligência da comissão para avaliar a atuação dos poderes públicos em Santa Maria (RS) depois da tragédia na Boate Kiss; o incêndio, ocorrido em janeiro, deixou 242 mortos e 116 feridos

      Foi sugerida à Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado a criação de lei nacional sobre prevenção e combate a incêndios e uma diligência da comissão para avaliar a atuação dos poderes públicos em Santa Maria (RS) depois da tragédia na Boate Kiss; o incêndio, ocorrido em janeiro, deixou 242 mortos e 116 feridos (Foto: Leonardo Lucena)
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      Agência Senado - Em audiência pública nesta segunda-feira (2), à Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado foi sugerida a criação de lei nacional sobre prevenção e combate a incêndios e uma diligência da comissão para avaliar a atuação dos poderes públicos em Santa Maria (RS) depois da tragédia na Boate Kiss.

      Para o vice-presidente da Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia na Boate Kiss, Valter Souza Capistani, ilegalidade, irresponsabilidade e conivência de autoridades e empresários na concessão de licenças de funcionamento e em ações de fiscalização resultaram na tragédia. Ele acredita que a imprensa também age para abafar o caso.

      - Agentes e gestores públicos de todas as esferas públicas, sem nenhuma ética, tentam se livrar das responsabilidades usando as influências e a própria mídia. Alguns políticos, alguns empresários estão pedindo para a mídia dar uma abrandada, para a mídia esquecer - disse ele.

      O presidente da associação, Adherbal Ferreira, defendeu uma atuação preventiva para evitar outras tragédias semelhantes. Ele frisou que as aglomerações de pessoas sem o cuidados necessários podem acabar novamente em um desastre e acrescentou que continuam acontecendo irregularidades.

      - O desleixo a desatenção, o jeitinho, continuam - lamentou.

      A especialista em toxicologia e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Solange Garcia relatou aos parlamentares que depois do incêndio na Boate Kiss outra tragédia começou: o atendimento médico-hospitalar às vítimas. Ela disse que o Brasil não tem um sistema eficiente para atender intoxicados por agentes químicos e sugeriu a criação de uma central de antídotos. A médica informou que a hidroxi-cobalamina, o antídoto ao cianeto que intoxicou os jovens em Santa Maria, não existia no Brasil e foi preciso importá-la.

      - Eu me colocava na situação dos pais que imaginavam que seus filhos estavam no hospital sendo adequadamente tratados quando, na verdade, o antídoto especifico para aquela intoxicação sequer existia no Brasil - disse a especialista.

      O representante do Ministério da Saúde, Paulo de Tarso Abrahão, informou que a política de antídotos já existe, e é preciso apenas atualizar a lista de medicamentos.

      O senador Paulo Paim (PT-RS) se comprometeu a encaminhar as sugestões dos participantes da audiência. Ele disse que iria às ultimas consequências na busca da justiça e na elaboração de leis que possam contribui para que um evento como aquele não se repita.

      O incêndio na Boate Kiss aconteceu no final de janeiro, causado por sinalizador usado pela banda que se apresentava. Morreram 242 pessoas e 116 ficaram feridas.

      Com informações da Rádio Senado

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