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Farpas e provocações marcam segundo debate

Clima entre candidatos a prefeito de Salvador foi mais acalorado durante segundo debate eleitoral exibido na televisão; embates entre Mário Kertész (PMDB) e ACM Neto (DEM), além de críticas à gestão do prefeito João Henrique protagonizaram diversos momentos do encontro que aconteceu na noite desta terça na TV Aratu

Farpas e provocações marcam segundo debate (Foto: Manuela Cavadas/ Metropress)
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Bahia 247

Os prefeituráveis de Salvador se encontraram nos estúdios da TV Aratu nesta terça-feira (14) para o segundo debate eleitoral. Com a mediação de Casemiro Neto, os candidatos ACM Neto (DEM), Hamilton Assis (PSOL), Márcio Marinho (PRB), Mário Kertész (PMDB), Nelson Pelegrino (PT) e Da Luz (PRTB) fizeram perguntas entre si e responderam a questionamentos dos jornalistas Biaggio Talento, do jornal A Tarde; Jairo Costa Júnior, do jornal Correio; e Oswaldo Lyra; do jornal Tribuna da Bahia.

Em comparação ao primeiro debate, o clima foi mais quente, sobretudo com trocas de farpas entre Kertész e Neto, que protagonizaram o embate. As alfinetadas ainda respingaram em Pelegrino quando o assunto foi João Henrique, que, novamente, foi o principal alvo de críticas dos candidatos.

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Principal problema: João Henrique

No primeiro bloco, os candidatos responderam a uma única pergunta: qual o principal problema de Salvador e de que forma iriam resolvê-lo. Todos os prefeituráveis investiram em tecer críticas à administração atual, comandada por João Henrique, crítica esta feita de maneira mais incisiva por Kertész, Neto e Pelegrino.

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"O principal problema de Salvador é a falta de prefeito. Só temos uma alegria que gostaria de compartilhar: só faltam 139 dias para João Henrique nos deixar", disse Kertész, que voltou a afirmar que os candidatos prometem sempre a mesma coisa.

Neto, assim como no debate da Band, defendeu que a cidade precisa de um "prefeito que coloque ordem na casa", citando saúde, trânsito e prevenção à violência como principais problemas. "Salvador precisa andar com as próprias pernas", afirmou.

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Já Pelegrino chegou a repetir a mesma frase de Neto, ao dizer que Salvador precisa de "ordem na casa" e voltou a defender a união entre governos federal, estadual e municipal.

Márcio Marinho falou que a cidade precisa de um gestor, mas não chegou a enumerar problemas principais, resumindo-se a dizer que, caso seja eleito, sua gestão irá "preencher os espaços que as pessoas mais precisam".

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O candidato do PSOL defendeu a tônica do partido, disse que fará um controle dos esquemas privados e denunciou que as empresas que financiam as campanhas eleitorais são as mesmas que comandam "máfias", como, segundo afirmou, a do lixo e da especulação imobiliária.

Último a responder a pergunta, Da Luz disse que a cidade precisa de um técnico, administrador e analista, e citou problemas como trânsito e saúde, propondo a criação de um plano nacional de saúde.

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Kertész x Neto

No momento mais quente do embate desta terça, Kertész fez a ACM Neto a mesma pergunta do confronto anterior: "com que roupa" o democrata irá, se eleito, fazer Salvador andar com as próprias pernas? Neto respondeu que tem um plano de governo e que ele foi o primeiro a apresentar um. Disse ainda que pretende radicalizar a despesa e "acabar com o desperdício" com um plano de desenvolvimento econômico".

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Kertész não se deu por satisfeito: "Eu acho uma coisa tecnocrática apresentar plano, chamar meia dúzia de técnicos... E o candidato fica dizendo que foi o primeiro disso, primeiro daquilo... Calma, rapaz! Não é verdade que a cidade anda com as próprias pernas. Está engabelando a gente!", criticou o peemedebista para a tréplica de Neto.

"Não anda com as próprias pernas, mas vai andar. Vou te chamar para opinar", ironizou Neto.

Redução de custos, PMDB e Louos

Dentre as perguntas feitas por jornalistas, três foram mais importantes: de onde ACM Neto iria conseguir recursos para as propostas, se Nelson Pelegrino iria modificar a nova Louos e "com que roupa" Kertész iria governar fazendo parte do PMDB, mesmo partido que ajudou a reeleger João Henrique.

Neto voltou a falar de redução de recursos e, após réplica de Biaggio Talento, que insistiu em saber qual seria o recurso da criação de um hospital, rebateu: "Você está medindo com a regra da administração atual", disse, voltando a defender a generalista revisão dos atuais contratos.

Pelegrino afirmou que pretende atualizar a Louos de forma democrática e Kertész fez questão de reiterar que não esteve na administração de João Henrique, respondendo a uma pergunta de Jairo Costa Júnior. "Eu não pertencia ao PMDB naquela época. Não me chamem para este velório. Pelegrino e Neto participaram direitinho com tudo até o fim. Entrei no PMDB há pouco tempo", disse, dando pano para manga de mais uma troca de farpas.

Ninguém quer João Henrique

Pelegrino respondeu a Kertész dizendo que quem faz parte da atual administração municipal é Neto. "Saiu até no jornal que dele sairão indicações para a secretaria de saúde municipal", alfinetou.

Neto também respondeu a Kertész. "O partido dele teve cinco secretarias na administração de João Henrique. Alberto Gordilho, ex-superintendente da Transalvador, também foi indicação dele", disse.

E aí sobrou até para o ex-senador ACM. "Você sabe com quem Alberto Gordilho começou a trabalhar? Com ACM, em 1975. A história é comprida, você é jovem, ainda está aprendendo. calma que voce chega lá. Sempre bati firme em João Henrique", respondeu Kertész, que negou ter feito as indicações das quais foi acusado.

O debate ainda teve mais um momento acalorado, quando Kertész chamou Marinho de bispo e este interpretou como preconceito. Kertész rebateu na hora, negou que tenha algum problema com grupos religiosos, mas não escapou da última alfinetada de Neto, que citou que havia "candidatos com preconceitos contra pessoas novas, preconceitos de classe e de religião".
Com informações do Met

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