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    Faturamento da indústria cresce 18% em abril

    O faturamento das indústrias pernambucanas subiu 18% em abril deste ano comparado ao mês anterior e um aumento de 11,3% em relação ao mesmo mês de 2012; levantamento é da pesquisa Indicadores Industriais, divulgada pela Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas (UEP), da Fiepe

    Faturamento da indústria cresce 18% em abril
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    Leonardo Lucena _PE247 – O faturamento das indústrias pernambucanas subiu 18% em abril deste ano comparado ao mês anterior e um aumento de 11,3% em relação ao mesmo mês de 2012. O levantamento é da pesquisa Indicadores Industriais, divulgada pela Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas (UEP), da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe).

    Segundo a pesquisa, enquanto o faturamento aumentou 18% abril no comparativo com março deste ano, a quantidade de horas trabalhadas na produção caiu 0,3%. O economista e coordenador da UEP, Júlio Becher, afirma que o faturamento mostra que o nível de negócio está aumentando, porém a estiagem, considerada a maior dos últimos 50 anos, implicou na diminuição de horas trabalhadas.

    "A questão da entressafra (abril/agosto) e a seca influenciaram. O setor canavieiro, por exemplo, demanda muita hora de trabalho. Não tem uma relação de produtividade alta. Como estamos em um período turbulento, o nível de produção cai", declara.

    De acordo com dados do Sindicato das Indústrias do Açúcar e do Álcool (Sindaçúcar-PE), a produção de cana teve uma queda de 25% na safra 2012/2013 (setembro/março) na comparação com a colheita 2011/2012, ao passar de 17,5 milhões para 12,1 milhões de toneladas. A produção de etanol também foi afetada, ao cair de 357.606 metros cúbicos (m³) para 265.219 m³.

    Quanto ao Nível de Utilização de Capacidade Instalada (NUCI), que é relação entre o que a empresa produz e o que poderia produzir, a pesquisa apontou que o percentual atingido foi de 60,2% em abril. Já no mês anterior, o índice cravou 63,3%. Segundo Becher, é difícil estabelecer um percentual mínimo para o NUCI.

    "Depende muito de empresa para empresa, de setor para setor e do planeamento da empresa, o quanto ela aguenta trabalhar com ociosidade elevada. Por exemplo, se a empresa tem muito relacionamento externo, exporta bastante e vive momentos de turbulência (econômica), ela pode ter um NUCI baixo. Mas à medida que essa turbulência vai passando, ela tem capacidade mais alta, então a estratégia de trabalhar com ociosidade elevada mira o mercado internacional", afirma o economista.

    Alimentos e Bebidas foi o setor que influenciou o crescimento no faturamento em abril. O aumento das vendas do setor (59,3%), no comparativo com março, se deu pelo maior número de exportações da safra que atingiu a maturação no fim do verão. Esse aumento ofuscou pequenas quedas de faturamento em outros setores, como o de produtos químicos e máquinas, aparelhos e materiais elétricos.

    De todo modo, no que diz respeito à massa salarial (soma dos rendimentos dos trabalhadores), o setor de alimentos e bebidas apresentou um declínio de 4,9% de março para abril. Já o de metalurgia básica teve o pior faturamento (-7,5%) e a melhor variação positiva na massa salarial (2,2%). Com relação ao contraste entre os dois setores, o economista diz que a seca foi determinante na queda de horas trabalhadas no setor alimentício.

    "No caso da metalurgia, tivemos um 2012 positivo por conta das demandas do estaleiro (EAS) e da Refinaria Abreu e Lima, por exemplo", observa Becher. O economista atribui a alta da massa salarial nos setor à necessidade de contratar mão de obra capacitada. "À medida que você precisa de mão de obra qualificada, que está escassa, você acaba tendo de pagar um salário maior para reter o funcionário ou para contratar outro", acrescenta.

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