“Feliciano desgasta imagem do PSC e de André Moura”, diz Cláudio Nunes
O jornalista e blogueiro Cláudio Nunes diz que "se não fosse teimoso, o pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP) já teria pedido pra sair da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados"; nesta sexta-feira, 30 entidades organizam ato em Aracaju contra o pastor; manifestações ocorrerão em todo o país
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Sergipe 247 – O jornalista e blogueiro Cláudio Nunes afirma, em postagem desta sexta-feira (22), no Portal Infonet, que a permanência do deputado federal Marco Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minoria (CDHM) “vem desgastando a imagem do seu partido, o PSC, e de alguns colegas, a exemplo do deputado federal sergipano André Moura”.
Ele ainda informa que nesta sexta-feira, a partir das 15h, na Praça Fausto Cardoso, ocorrerá um protesto contra Marco Feliciano. Assim como em Aracaju, manifestações se alastrarão por todo o país.
Confira a íntegra da coluna:
Se não fosse teimoso, o pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP) já teria pedido pra sair da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Há vários dias o movimento contra sua permanência vem crescendo e agora já recebe o apoio de parlamentares, entre eles o próprio presidente da Câmara, Henrique Alves.
Em todo o país serão realizados hoje diversos atos públicos em defesa da destituição de Feliciano. Em Aracaju será na Praça Fausto Cardoso (em frente ao Palácio Museu Olímpio Campos), a partir das 15h. De quebra, Feliciano vem desgastando a imagem do seu partido, o PSC e de alguns colegas, a exemplo do deputado sergipano, André Moura, que como líder nacional foi o responsável pela indicação. Em Aracaju, são mais de 30 entidades e grupos que organizam o ato.
A eleição de Marco Feliciano para o posto máximo da Comissão de Direitos Humanos e Minorias gerou descontentamento e indignação em organizações do movimento negro, grupos de mulheres e entidades de defesa dos direitos homossexuais, pois o parlamentar, por mais de uma vez, manifestou opiniões racistas, machistas e homofóbicas.
Algumas das frases ditas por Marco Feliciano: “Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé; A AIDS é o câncer gay; As mulheres que trabalham e têm os mesmos direitos do homem prejudicam a família; União homossexual não é normal. O reto não foi feito para ser penetrado”.
Como presidente da Comissão de Direitos Humanos Feliciano não pode achar que sua opinião pessoal, como pastor, não vai interferir em suas ações. Não é um caso de liberdade de expressão, ou até mesmo de culto. Até porque o Brasil é um estado laico, pelo menos no papel.
A prática política de Feliciano é clara: ele foi posto no lugar errado, na hora errada. Talvez, se o Brasil vive-se num regime totalitário e ditador, Feliciano e os “Bolsonaros” da vida estariam no poder com suas arbitrariedades e seus discursos odientos e raivosos.
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