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Felicidade é contagiosa. Tristeza também, e ambas se propagam como um vírus

Um estudo realizado com 5 mil pessoas mostra que a felicidade se espalha através de redes sociais, vizinhos e amigos, de acordo com padrões bem específicos. A alegria é um fenômeno coletivo que se propaga como uma emoção contagiosa e transmissível.

Felicidade é contagiosa. Tristeza também, e ambas se propagam como um vírus (Foto: Unspecified)
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Por: Le Figaro Santé

 

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«Para viver feliz, é preciso viver escondido”, diz um velho ditado francês. Mas ele pode estar inteiramente errado. Pesquisadores norte-americanos já mostraram que amigos de pessoas obesas tendem a ser obesos, os vizinhos de fumantes também tendem a ser fumantes, parentes de pessoas alcoólicas bebem além da conta, e quem vive circundado por pessoas tristes e melancólicas tende a se entristecer também. Recentemente, uma nova pesquisa mostrou que os amigos de pessoas felizes tendem a ser felizes também. Essa pesquisa, muito bem documentada, foi publicada no British Medical Journal e revelou que a alegria é um fenômeno coletivo que se propaga em ondas através de redes sociais, como uma emoção contagiosa e transmissível.

Para demonstrar isso, Nicolas Christakis (Universidade de Harvard) e James Fowler (Universidade da Califórnia) focaram no estudo realizado na cidade de Framingham. Esta pesquisa gigantesca foi iniciada em 1948, com amostragem de mais de 5.200 pessoas. Seu propósito era compreender a origem de doenças cardiovasculares, especialmente através de comportamentos tais como o tabagismo, álcool, dieta, estresse, felicidade… Mais de 5.200 descendentes dos voluntários de Framingham foram inclusos em um novo grupo em 1971. Um terceiro grupo - «a terceira geração» - com mais de 4 mil pessoas, foi criado em 2002.

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Todos os voluntários de 1971 foram interrogados três vezes entre 1983 e 2003 sobre seu sentimento de felicidade: «Você já se sentiu confiante sobre o futuro na semana passada? Alegre ? Feliz de viver ?». As mesmas questões foram propostas a seus vizinhos, amigos, irmãos e irmãs.

Com tais dados acumulados e informatizados, a organização da vida social em Framingham foi recriada virtualmente, no espaço e no tempo. Os laços familiares, as redes de vizinhança, os grupos de amigos, as comunidades profissionais foram reformuladas. A possível transmissão de felicidade foi examinada através de mais de 50 mil links. Após análises algorítmicas complexas, a ideia de disseminação social da felicidade impôs-se claramente.

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Assim, os autores calcularam que quando uma pessoa se torna feliz, um de seus amigos que mora a menos de um quilômetro tem 25% de chances de se tornar feliz por sua vez, um de seus irmãos ou irmãs tem 14 % de chances, o vizinho no mesmo andar tem 34 % ; quando a esposa está feliz, a de um co-residente tem 8 % de chance por sua vez. Quando uma pessoa faz um amigo feliz, o amigo deste amigo terá 10 % de chance de ser feliz também. Mais o amigo está por perto, mais o contágio é intenso.

Este trabalho destaca a importância da proximidade física. Se as crianças ou amigos moram longe, o sentimento de felicidade não será transmitido.

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Pessoas felizes são mais generosas

Quanto à tristeza, ela parece ser transmitida com menos facilidade: em média, cada amigo próximo que se torna feliz oferece 9% de chance de sê-lo por sua vez, cada amigo que se torna infeliz aumenta seu risco em 7 %. Os autores não encontraram um contágio da felicidade entre colegas de trabalho.

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Que mecanismos estão subjacentes a este fenômeno? Os autores deixam a questão em aberto, mas apontam o impacto das expressões faciais e as emoções positivas que poderiam transmitir a alegria. E as pessoas felizes poderiam ser mais generosas na amizade, tempo, dinheiro… Em 1984, pesquisadores norte-americanos calcularam que o fato de ganhar 5 mil dólares na loto aumentou a felicidade em apenas 2 %. «Neste contexto, o poder dos outros sobre você é incrivelmente superior, pois o amigo de um amigo que você não conhece e que se torna feliz age sobre você como se você tivesse 5 vezes 5 mil dólares,” resume James Fowler. Há muitas implicações neste trabalho. Em primeiro lugar, devemos ter maior responsabilidade em face de nossa própria felicidade, pois ela afeta os outros. A busca da felicidade não é um objetivo solitário. Estamos conectados e nossa alegria é assim.»

 

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