Fim do sigilo bancário e fiscal de Cachoeira
Justiça do Distrito Federal determinou a medida para todos os denunciados pelo Núcleo de Combate às Organizações Criminosas do Ministério Público no DF; além do líder da quadrilha, Claudio Abreu, ex-diretor da Delta também vai ser investigado; na noite de sexta-feira 11, foi pedida a prisão preventiva de Cachoeira, Gleyb Ferreira e Giovanni Pereira
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Brasília 247 – A situação de Carlinhos Cachoeira e seus comparsas está cada vez mais complicada. A Justiça do Distrito Federal estabeleceu a quebra do sigilo bancário e fiscal do líder da quadrilha e dos outros sete denunciados pelo Ministério Público.
Na noite de sexta-feira 11, foi pedida uma nova prisão preventiva para Cachoeira, Gleyb Ferreira da Cruz, braço direito do líder da quadrilha, e Giovani Pereira da Silva, contador do contraventor. Desta forma, exceto Giovani que se encontra foragido, a Justiça garante que caso seja revogada a prisão pela Operação Monte Carlo, os dois acusados permanecerão reclusos.
Confira dos detalhes da quebra de sigilo na matéria de Ana Maria Campos, do Correio Braziliense:
Justiça do DF faz varredura nas contas de Cachoeira e da DeltaJustiça do DF quebra os sigilos bancários e fiscal do bicheiro, da construtora e de mais sete pessoas denunciadas na Operação Saint-Michel, deflagrada pelo Ministério Público local em abril
Ana Maria Campos
A Justiça do Distrito Federal decretou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do bicheiro Carlinhos Cachoeira, da Delta Construções e de sete pessoas denunciadas na Operação Saint-Michel pelos crimes de formação de quadrilha e tráfico de influência para tentar conseguir o contrato de bilhetagem eletrônica do transporte público coletivo do governo de Agnelo Queiroz (PT).
Entre os atingidos com a medida estão todos os acusados na ação penal proposta nesta semana pelo Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (NCOC) do Ministério Público do DF, entre os quais o ex-diretor da Delta para o Centro-Oeste Cláudio Abreu, que cumpre prisão preventiva no Complexo Penitenciário da Papuda, e o executivo da empresa em São Paulo Heraldo Puccini Neto, considerado foragido desde 25 de abril.
Os dados das contas correntes e declarações de Imposto de Renda dos investigados vão abranger o período de janeiro de 2009 até os dias atuais. A Delta Construções terá de encaminhar informações sobre a movimentação das contas bancárias da empresa em todo o país. A Operação Saint-Michel, um desdobramento da Operação Monte Carlo, obteve ainda a decisão judicial de sequestro e bloqueio dos bens de Cachoeira e de todas as pessoas físicas investigadas. Significa que o patrimônio declarado em nome dos integrantes do suposto esquema está indisponível enquanto a decisão estiver em vigor. A medida é uma forma de garantir ressarcimento de eventual prejuízo provocado aos cofres públicos pelo esquema criminoso e o pagamento da multa estipulada pela Justiça em caso de condenação.
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