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FMI pede socorro ao Brasil

Diretora do Fundo Monetrio Internacional, Christine Lagarde visita a presidente Dilma Rousseff nesta quinta-feira, a fim de pedir apoio aos emergentes para resgate dos europeus

FMI pede socorro ao Brasil (Foto: Reuters)

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247 – A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, tem uma reunião marcada com a presidente Dilma Rousseff nesta quinta-feira, às 11h30, no Palácio do Planalto. O encontro acontece em um momento delicado para os países da zona do euro, que passam por uma grave crise financeira devido a um descontrole geral de contas públicas iniciado pela Grécia e que tomou grandes proporções. Da conversa entre as duas líderes, o mais provável é que saia um pedido de socorro ao Brasil, que navega contra a correnteza, registrando crescimento econômico e tendo recebido elevação da classificação de risco soberano de longo prazo pela agência Standard & Poor's.

A francesa já havia apontado que as economias emergentes têm um papel fundamental a desempenhar na solução da crise da dívida. “Mercados emergentes, e os grandes mercados emergentes em particular, têm um papel a desempenhar com uma mudança em seu modelo de crescimento ou permitindo que suas moedas se valorizem de maneira apropriada", declarou. Christine Lagarde também visitou a China nos dias 9 e 10 de novembro, onde também alertou para a necessidade de as economias mundiais trabalharem em conjunto.

No início do mês, analistas acreditavam que o Brasil pretendia aumentar sua participação no Fundo em meio a crise europeia. Desta forma, ajudaria o continente em apuros sem uma assistência direta, enquanto se tornaria um ator de maior peso no órgão. Porém, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, com quem Christine Lagarde marcou um almoço também para esta quarta-feira, negou a informação de que o Brasil teria oferecido, durante reunião sobre a crise em Cannes, na França, um montante de ajuda à Europa por meio do FMI.

Por parte de Dilma, a expectativa é que ela mantenha posição de outras situações durante o encontro com Lagarde. O Brasil estaria disposto a ajudar, desde que tivesse maior participação no FMI – mesma posição manifestada pela China. A presidente já afirmou esperar aumentar a participação brasileira no Fundo, mas declarou que jamais aceitará que o organismo imponha certas receitas aos países que requerem sua ajuda, como nos impuseram. Segundo o site oficial do organismo, o Brasil está prestes a se tornar um dos dez principais acionistas do FMI. "Nós sabemos o que é a supervisão do FMI. Nós sabemos o que é a proibição de fazer investimentos (...) Por isso temos que continuar firmes macroeconomicamente", disse a presidenta, em outubro.

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